São Paulo - O aumento da aversão a risco por causa da instabilidade na Líbia mantinha a bolsa brasileira no vermelho nesta segunda-feira, em uma sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações e pelo feriado nos Estados Unidos.

Às 12h10, o Ibovespa <.BVSP> caía 0,70 por cento, a 67.593 pontos. O giro do pregão era de 796,9 milhões de reais.

No mesmo horário, o índice FTSEurofirst 300 <.FTEU3> caía 1,07 por cento na Europa. As bolsas norte-americanas ficam fechadas devido ao Dia dos Presidentes.

"O que está pegando é essa intranquilidade com a situação no norte da África", disse o operador de um banco de investimento, que preferiu não ser identificado. "Fora isso, o fluxo ainda está baixo."

Na Líbia, manifestantes saíram às ruas de Trípoli, líderes tribais fizeram declarações contra Gaddafi e unidades do Exército desertaram para o lado da oposição, em uma revolta que já custou a vida de mais de 200 pessoas. [ID:nN21206208]

A ação preferencial da Vale caía 1,05 por cento, a 49,71 reais. No setor financeiro, Itaú Unibanco recuava 0,95 por cento, a 37,68 reais e, entre as construtoras, Cyrela tinha baixa de 1,52 por cento, a 18,18 reais.

A incerteza sobre a Líbia, no entanto, tinha efeito positivo sobre as ações de petrolíferas diante da alta de cerca de 4 por cento da commodity em Nova York .

As ações da OGX Petróleo subiam 1,60 por cento, a 18,41 reais, e os papéis PN da Petrobras tinham alta de 0,77 por cento, a 27,58 reais --ainda sem tornar rentável o exercício de uma opção de compra a 27,71 reais.

Ações do setor elétrico, preferidas em momentos de maior aversão a risco, também operavam em alta. Light subia 1,27 por cento, a 27,19 reais, e Cemig ganhava 1,10 por cento, a 27,56 reais.