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Bovespa fecha estável e tem 1ª queda semanal desde junho

Na semana, o Ibovespa caiu 2,34%, quebrando uma série de 10 semanas consecutivas de alta. No mês, o índice ainda acumula alta de 0,71%


	Bovespa: o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,01%, a 57.716 pontos, após oscilar entre queda de 0,8% e alta de 1,62%
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,01%, a 57.716 pontos, após oscilar entre queda de 0,8% e alta de 1,62% (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 18h18.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em leve queda nesta sexta-feira, após sessão volátil, em meio a declarações de autoridades do banco central norte-americano sobre a próxima alta dos juros nos Estados Unidos.

O Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,01 por cento, a 57.716 pontos, após oscilar entre queda de 0,8 por cento e alta de 1,62 por cento. O volume financeiro somou 7,3 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa caiu 2,34 por cento, quebrando uma série de 10 semanas consecutivas de alta. No mês, o índice ainda acumula alta de 0,71 por cento.

O discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, no qual disse que a hipótese de alta de juros nos EUA tem ganhado força, levou o Ibovespa momentaneamente para o território negativo no final da manhã.

Mas avaliação de que o discurso, apesar de sinalizar um aumento dos juros nos EUA, não teria deixado claro a intensidade do movimento atenuou a pressão sobre o pregão brasileiro, levando o Ibovespa a retomar a trajetória ascendente e renovar as máximas da sessão.

O fôlego, porém, não se sustentou após declaração do vice-chair do BC norte-americano, Stanley Fischer, de que discurso de Yellen era consistente com as expectativas de alta nas taxas de juro neste ano.

De acordo com o FedWatch da CME Group, a chance de uma alta dos juros norte-americanos em setembro cresceu para 30 por cento ante 21 por cento na véspera.

Traders agora precificam 60,2 por cento de chance de elevação em dezembro, contra 51,8 por cento na quinta-feira.

Wall Street também teve um dia volátil e o S&P fechou em queda de 0,16 por cento.

Destaques

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 0,16 por cento e as ordinárias com avanço de 0,74 por cento, tendo como pano de fundo a volatilidade dos preços do petróleo e melhora na recomendação dos ADRs da estatal pelo Credit Suisse para "neutra". Além disso, uma fonte da companhia disse à Reuters na quinta-feira que a empresa contabilizou até o momento cerca de 6.100 adesões ao seu plano de desligamento voluntário lançado em abril.

- BANCO DO BRASIL subiu 2,05 por cento, favorecido por mudança do cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital, conforme circular do Banco Central na véspera. Ainda no Ibovespa, ITAÚ UNIBANCO avançou 1,22 por cento e BRADESCO valorizou-se 1,38 por cento, atenuando a pressão negativa no Ibovespa.

- VALE fechou com as preferenciais em queda de 2,21 por cento e as ordinárias recuando 2,59 por cento, conforme prevaleceu o peso do declínio de mais de 3 por cento no preço do minério de ferro à vista na China. O HSBC elevou o preço-alvo do ADR da mineradora assim como de companhias siderúrgicas no Brasil, com o setor novamente na ponta positiva do Ibovespa. A USIMINAS encerrou em alta de 6,55 por cento.

- CIELO recuou 2,51 por cento, tendo como pano de fundo reportagem da Agência Estado divulgada no final da quinta-feira, de que a rival Rede, controlada pelo Itaú Unibanco, engatilha a partir deste mês uma estratégia agressiva para retomar a fatia que perdeu no mercado de cartões. A equipe do Itaú BBA também recomendou operação combinada de compra de papeis da BB Seguridade com venda de Cielo.

- CESP caiu 4,45 por cento, no segundo pregão de baixa, após disparar na quarta-feira com a notícia de que o Conselho de Desestatização de São Paulo recomendou ao governador a retomada dos trabalhos e estudos para a privatização da geradora de energia.

- OI, que não está no Ibovespa, saltou 19,67 por cento, liderando as altas do índice de Small Caps. De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, o fundo de investimentos norte-americano PointState Capital, acionista da Oi, instruiu o Bank of New York Mellon - custodiante de seus ADRs da Oi - para que vote favoravelmente às propostas do Société Mondiale, ligado ao empresário Nelson Tanure, nas assembleias de acionistas da operadora de telecomunicações marcada para o dia 8 de setembro.

- ELETROBRAS, também fora do Ibovespa, disparou 10,9 por cento, após o diretor financeiro da companhia, Armando Casado, afirmar que a estatal federal poderá distribuir proventos a seus acionistas em 2017 se fechar este ano com lucro líquido. Ele disse que provavelmente seria pago apenas o dividendo mínimo aos acionistas preferencialistas.

Texto atualizado às 18h17

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