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Bovespa fecha em queda, na contramão do exterior

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,05%, aos 54.633,06 pontos

O volume financeiro ficou em R$ 6,293 bilhões (Nacho Doce/Reuters)

O volume financeiro ficou em R$ 6,293 bilhões (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 17h58.

São Paulo - A Bovespa bem que tentou, mas não conseguiu se manter no terreno positivo por muito tempo nesta terça-feira e voltou para o campo negativo, na contramão das bolsas internacionais. Os dados ruins vindos dos Estados Unidos acabaram dando suporte para o movimento do Ibovespa. A alta das ações da Petrobras e da Vale impediram uma queda maior do índice paulista.

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,05%, aos 54.633,06 pontos. Na mínima, o índice atingiu 54.554 pontos (-1,19%) e, na máxima, 55.763 pontos (+1,00%). No mês, a queda subiu para 11,63%e, no ano, para 3,74%. O volume financeiro ficou em R$ 6,293 bilhões. Os dados são preliminares.

Segundo o operador de um corretora paulista, a Bolsa devolveu nesta terça-feira os ganhos da véspera, quando os mercados nos EUA estavam fechados em razão do feriado do Memorial Day. "O mercado não tem operado com fundamento. Está operando na irracionalidade, tanto para a alta quanto para a baixa", disse.

Para o profissional, o mercado está criando um padrão para o índice. "Quando Vale e Petro sobem, a maioria das ações cai e o inverso também acontece", disse a fonte.

Nesta terça-feira, por exemplo, Vale e Petrobras terminaram em alta, enquanto a maioria das ações que compõem o índice fechou em queda. Vale ON subiu 1,68% e PNA, +1,39%. Nem mesmo a notícia de que a China não irá fornecer incentivos amplos para obter um crescimento econômico forte, pois as autoridades não querem repetir o tipo de programa adotado na crise de 2008, para evitar investimentos ineficientes e potenciais bolhas de ativos e manter a inflação sob controle, pesou sobre as ações da mineradora.

Petrobras ON registrou valorização de 0,82% e a PN, 0,32%, acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em julho fechou com declínio de 0,11%, a US$ 90,76 o barril.

Entre os destaques do alta do índice estavam: BM&FBovespa (+1,88%), MMX (+1,53%), Gol (+1,50%).

Já o lado negativo foi liderado, principalmente, pelo setor de construção. PDG (-11,38%), Brookfield (-7,20%), Gafisa (-6,34%), Rossi Residencial (-5,55%) e MRV (-4,20%).

Nos EUA, as bolsas ignoraram os dados ruins e subiram. O índice Dow Jones (+1,01%), o S&P 500 (+1,11%) e o Nasdaq (+1,18%) tiveram altas.

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