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Bovespa fecha em queda de 1,3% com recuo de bancos e Vale

A bolsa fechou em queda devido o declínio nas ações dos bancos e da Vale guiando


	Bovespa: de acordo com dados preliminares, o principal índice da Bovespa caiu 1,33%, a 53.514 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o principal índice da Bovespa caiu 1,33%, a 53.514 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 17h59.

São Paulo - A bolsa paulista fechou em queda nesta quarta-feira, por realização de lucros e cautela na véspera do feriado de Corpus Christi, com o declínio nas ações dos bancos guiando as perdas do Ibovespa após dois pregões seguidos de alta.

O principal índice da Bovespa caiu 1,32 por cento, a 53.522 pontos, após acumular alta de quase 3 por cento nos dois primeiros pregões da semana. O volume financeiro da sessão somou 6,58 bilhões de reais, abaixo da média do ano.

Para o gestor Julio Erse, sócio na NP Investimentos, a Bovespa segue sem uma tendência definida, reagindo a eventos de curtíssimo prazo. E nesta sessão prevaleceu a cautela ante a divulgação, na sexta-feira, de dados de emprego dos Estados Unidos.

Os dados do mercado de trabalho dos EUA têm ajudado a balizar as apostas sobre a primeira alta dos juros nos EUA em quase uma década.

No front local, a decisão de política monetária do Banco Central prevista para o final do dia corroborou a cautela, com as apostas majoritárias no sentido de alta do juro de 13,25 para 13,75 por cento.

DESTAQUES

=BRADESCO fechou com as preferenciais em queda de 2,29 por cento, devolvendo ganhos da véspera, após a Agência Estado publicar na véspera que o banco teria feito a maior oferta entre os três que mostraram interesse pelo HSBC no Brasil. Analistas da corretora Brasil Plural disseram que o Bradesco é o competidor mais adequado para a operação e ponderaram que, historicamente, fusões demoram muito para serem absorvidas, "resultando em desempenho mais fraco no curto prazo e possivelmente afetando a performance das ações".

=ITAÚ UNIBANCO perdeu 2,53 por cento, também contaminado pelas especulações sobre a oferta pelo HSBC, uma vez que é um dos três bancos que, segundo a Agência Estado, estaria na disputa.

O Itaú e o chileno Corpbanca também fecharam acordo para uma série de modificações na proposta anterior para unir suas operações no Chile e na Colômbia. O Credit Suisse avaliou o efeito das mudanças de "neutro para ligeiramente negativo", afirmando em nota a clientes que, embora os novos termos sejam um pouco menos favoráveis ao Itaú do que aqueles propostos no mês passado, ainda acredita que a transação é estrategicamente benéfica para o banco brasileiro.

=BANCO DO BRASIL recuou 3,62 por cento, em linha com o declínio no setor, mas também contaminado por declaração do vice-presidente de Finanças da Caixa Econômica Federal, Márcio Percival, de que anunciará em até 20 dias uma previsão menor para crescimento de sua carteira de crédito em 2015.

=VALE caiu 1,94 por cento, após disparar mais de 7 por cento na véspera, apesar de nova alta do preços do minério de ferro, com o noticiário incluindo também comentários da gigante australiana do setor BHP Billiton de que o excesso de oferta deve se prolongar.

=KROTON EDUCACIONAL também esteve entre os destaques negativos, com o declínio de 3,3 por cento no dia anulando os ganhos dos dois primeiros pregões de junho. Ainda no setor, ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES caiu 2,92 por cento.

=PETROBRAS não sustentou os ganhos de boa parte da sessão, com as preferenciais fechando com variação negativa de 0,08 por cento e as ordinárias, de 0,14 por cento. No radar, notícia de que a estatal chamou o Bank of America Merrill Lynch para ajudar a gerenciar seu plano de desinvestimentos e já entrou em contato com grandes petroleiras. Também estiveram no foco reportagem do jornal Valor Econômico afirmando que a estatal pode divulgar seu plano de negócios 2015-2019 em 23 de junho, e o edital para assembleia geral extraordinária em 1º de julho, quando será discutida reforma do estatuto social da empresa.

=TIM PARTICIPAÇÕES foi destaque na ponta positiva do Ibovespa, terminando com alta de 3,98 por cento, conforme o mercado segue na expectativa sobre fusão ou aquisição no setor de telecomunicação. OI não sustentou os ganhos, e as preferenciais fecharam com queda de 1,45 por cento e as ordinárias, de 3,29 por cento. A operadora de telecomunicações está planejando encontros com investidores a partir de quinta-feira, o que pode preceder uma emissão de bônus em euros, afirmou nesta quarta-feira o IFR, serviço da Thomson Reuters.

=ECORODOVIAS recuperou-se ao longo do pregão para novamente terminar entre as maiores altas, com ganho de 1,47 por cento, conforme seguem as expectativas relacionadas a potencial anúncio de medidas para o setor de infraestrutura. O papel ainda acumula perdas de quase 20 por cento no ano.

Texto atualizado às 17h59

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