Bovespa: na semana, o índice de referência do mercado acionário acumulou variação positiva de 0,12 por cento (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 18h57.
São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta sexta-feira pelo quarto pregão seguido, com as ações da companhia de alimentos BRF desabando 7,7 por cento após mudanças na estrutura de gestão.
O enfraquecimento dos pregões em Wall Street e dos preços do petróleo corroboraram as perdas locais, em sessão marcada por volumoso noticiário corporativo.
O Ibovespa caiu 0,7 por cento, a 41.593 pontos. O volume financeiro somou apenas 4,77 bilhões de reais, abaixo da média diária do mês, de 6 bilhões de reais, e do ano, de 5,6 bilhões de reais.
Na semana, o índice de referência do mercado acionário acumulou variação positiva de 0,12 por cento.
Destaques
BRF recuou 7,68 por cento, em meio à preocupação com anúncio de mudanças na estrutura organizacional, enquanto o resultado trimestral trouxe números fortes, exceto nas operações brasileiras.
JBS recuou 3,54 por cento, também pesando no Ibovespa, em sessão de queda em papéis de companhia de proteínas na Bovespa. MARFRIG perdeu 4,17 por cento e MINERVA, que não está no Ibovespa, caiu 5,33 por cento.
Oi recuou 7,98 por cento, devolvendo os ganhos do começo do dia, quando o papel chegou a saltar 9,8 por cento em meio à reportagem jornal Folha de S.Paulo sobre interesse dos fundos norte-americanos Cerberus e Elliot na operadora.
Cia Hering caiu 5,84 por cento, conforme analistas avaliaram negativamente os números da varejista no último trimestre de 2015 e estimam que os resultados devem permanecer sob pressão no curto prazo.
Embraer perdeu 1,62 por cento, após pedido de recuperação judicial pela companhia aérea Republic Airways, importante cliente da fabricante brasileira de jatos.
CCR cedeu 1,68 por cento, após o balanço dos últimos meses de 2015 mostrar queda no lucro, afetado por menor tráfego em estradas que administra e maior custo do serviço da dívida. O Itaú BBA cortou sua recomendação para o papel para "market perform".
Petrobras fechou com as ações preferenciais em baixa de 0,41 por cento e os papéis ordinários em queda de 1,29 por cento, na esteira do enfraquecimento dos preços do petróleo.
Vale encerrou com as ações preferenciais de classe A em queda de 0,86 por cento e os papéis ordinários cedendo 0,18 por cento, tendo como pano de fundo o desempenho positivo de mineradoras em outros mercados, mas leve queda dos preços do minério de ferro na China.
Rumo All avançou 4,93 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, após a companhia de logística ferroviária divulgar que reduziu seu prejuízo no quarto trimestre e que prevê um 2016 positivo, com maior safra de grãos e aumento das exportações.
Kroton subiu 3,84 por cento, ajudando a atenuar as perdas do Ibovespa.
Em relatório, o Bradesco BBI destacou que a empresa de ensino deve apresentar os melhores resultados do setor no quarto trimestre, principalmente pelo controle de custos rigorosos em vez de forte crescimento de receitas. A empresa divulga os números no dia 15 de março.
Gol, que não está no Ibovespa, saltou 15,43 por cento, em meio a reportagem do jornal Folha de S.Paulo de que o governo anunciará nas próximas semanas proposta para elevar o limite da fatia de capital estrangeiro nas aéreas, bem como o anúncio de acordo com SMILES para venda antecipada de até R$1 bilhão em passagens. Smiles reverteu a alta após a notícia e fechou em baixa de 3,45 por cento.