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Bovespa fecha em queda com Petrobras à espera da Grécia

O Ibovespa fechou em queda, na mínima em três meses, pressionado por Petrobras e cautela antes do referendo na Grecia


	Entrada da Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 1,1%, a 52.519 pontos
 (Hugo Arce/Fotos Públicas)

Entrada da Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 1,1%, a 52.519 pontos (Hugo Arce/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 18h16.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira na mínima em três meses, pressionado particularmente por Petrobras e Vale, em sessão de liquidez reduzida sem Wall Street por feriado nos Estados Unidos e com cautela antes de um referendo na Grécia sobre novo resgate financeiro ao país.

O Ibovespa caiu 1,1 por cento, a 52.519 pontos, menor patamar desde 1º de abril. O volume financeiro da sessão somou apenas 2,9 bilhões de reais, ante uma média diária de 6,87 bilhões de reais em 2015.

Na semana, o principal índice teve perda de 2,77 por cento.

As últimas pesquisas na Grécia apontavam um quadro ainda dividido para o referendo no domingo, que pode definir o futuro do país na zona do euro, com alguns levantamentos mostrando o "sim" pelas propostas dos credores ligeiramente à frente.

Em Wall Street, as bolsas estiveram fechadas nesta sexta-feira em razão de comemorações do Dia 4 de Julho nos EUA.

DESTAQUES

PETROBRAS fechou com a ordinária em queda de 5,06 por cento e a preferencial em baixa de 4,63 por cento, em dia de forte recuo do petróleo. A estatal informou na noite da véspera que divulgará o resultado do segundo trimestre em 6 de agosto. =VALE teve baixa de 1,49 por cento nas preferenciais e de 2,16 por cento nas ordinárias, após o minério de ferro renovar a mínima de 10 semanas na China e cravar a sétima queda consecutivo, diante do aumento na oferta e uma redução na demanda das siderúrgicas locais. O preço da commodity com entrega imediata no porto de Tianjin recuou 3 por cento nesta sexta-feira, a 54,10 dólares por tonelada, menor nível desde 23 de abril, segundo o The Steel Index. GERDAU novamente foi destaque de quedas do índice, com caindo 3,48 por cento, diante do cenário negativo para o setor siderúrgico, endossado pela notícia de que a produção de aço bruto do Japão vai cair 6,1 por cento de julho a setembro ante igual período do ano anterior, segundo projeções. GERDAU METALÚRGICA perdeu 4,3 por cento.

CSN e USIMINAS, refletindo os cenários desfavoráveis para mineração e siderurgia, caíram 3,64 e 1,95 por cento, respectivamente.

JBS desvalorizou-se 1,11 por cento, após subir quase 2 por cento na véspera, quando anunciou a compra dos ativos de suínos da Cargill nos EUA.

=MARCOPOLO caiu 4,62 por cento, após forte avanço na véspera. Reportagem do Valor Econômico nesta citando fontes disse que a Petros, fundo de pensão dos empregados da Petrobras, analisa uma lista de empresas nas quais tem fatia relevante para reduzir ou zerar posição, entre elas a fabricante de carrocerias de ônibus. Entre os papéis listados no Ibovespa, Oi, Itaúsa, BRF e BR Properties também apareceram na lista.

ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES caiu 0,22 por cento e KROTON EDUCACIONAL ficou estável, após o Ministério da Educação publicar regras sobre a segunda edição do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2015, definindo para entre 6 e 17 de julho o prazo de cadastro de instituições interessadas em participar. A maioria das regras já havia sido divulgada.

Fora do Ibovespa, ANIMA caiu 3,6 por cento, e SER EDUCACIONAL caiu 0,75 por cento, mesmo sendo considerada uma das mais beneficiadas pelas mudanças no Fies.

COPEL subiu 1,46 por cento, após o Operador Nacional do Sistema Elétrico elevar a estimativa de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste em julho para 101 por cento da média, ante previsão anterior de 85 por cento. ENERGIAS DO BRASIL, CESP e TRACTEBEL também fecharam em alta, uma vez que são geradoras de energia elétrica ou têm relevante parte da receita atrelada à geração. CPFL ENERGIA, que também atua em geração, avançou 1,55 por cento.

SUZANO PAPEL E CELULOSE e FIBRIA também foram destaques de alta, com ganhos de 0,96 e 0,71 por cento, respectivamente, em meio ao avanço de mais de 1 por cento do dólar ante o real.

Texto atualizado às 18h16
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