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Bovespa fecha em baixa de 2,6%, maior queda em 2 meses

O giro financeiro somou 5,69 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,96 bilhões de reais em 2017 apurada até a sexta-feira passada

Bovespa: "A Bovespa vinha subindo muito, estava devendo alguma correção", disse analista (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: "A Bovespa vinha subindo muito, estava devendo alguma correção", disse analista (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 19h14.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em forte queda nesta segunda-feira, espelhando o mau humor que tomou conta das bolsas internacionais, com os papéis relacionados a commodities entre os destaques negativos, em uma sessão marcada por forte realização de lucros.

O Ibovespa encerrou em baixa de 2,62 por cento --maior queda percentual diária em dois meses--, a 64.301 pontos. Na mínima do dia, o indicador chegou a ceder 2,8 por cento, a 64.164 pontos.

O giro financeiro somou 5,69 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,96 bilhões de reais em 2017 apurada até a sexta-feira passada.

De acordo com agentes do mercado, investidores aproveitaram o dia de aversão global a risco para embolsar parte dos lucros obtidos nas últimas semanas.

"A Bovespa vinha subindo muito, estava devendo alguma correção", disse o analista Fernando Góes, da Clear Corretora, acrescentando que vê espaço para mais realizações de lucros.

"Acho que é uma correção saudável, especialmente para o investidor que está de fora poder comprar", afirmou Goés. De acordo com ele, os fundamentos do mercado doméstico não se alteraram, embora o noticiário político inspire cautela.

No Brasil, investidores monitoram os desdobramentos da operação Lava Jato, após a ministra presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, ter homologado as 77 delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato.

No exterior, o fechamento dos mercados chineses em razão do feriado do Ano Novo Lunar concentra as atenções nas tensões geopolíticas desencadeadas por decisões do novo presidente norte-americano, Donald Trump.

Destaques

- PETROBRAS ON fechou em baixa de 5,5 por cento, maior queda percentual diária desde novembro e o pior desempenho do Ibovespa, e PETROBRAS PN recuou 4,99 por cento, em linha com as cotações internacionais do petróleo, que enfraqueceram diante de indícios de aumento na atividade de sondas de perfuração nos Estados Unidos.

- METALÚRGICA GERDAU PN perdeu 5,22 por cento, ocupando o segundo lugar entre as principais quedas do índice, em sessão amplamente negativa para o setor de siderurgia e mineração. CSN ON apareceu na terceira posição, com recuo de 5,21 por cento, enquanto GERDAU PN cedeu 4,22 por cento e USIMINAS PNA se desvalorizou 3,08 por cento. VALE também foi alvo de embolso de lucros, com as ações preferenciais terminando em baixa de 5,17 por cento, e as ordinárias em queda de 4,3 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 2,13 por cento, reforçando o viés baixista do Ibovespa, dado o seu peso na composição do índice. BRADESCO PN cedeu 1,76 por cento, BANCO DO BRASIL ON recuou 2,77 por cento e SANTANDER UNIT se desvalorizou 2,5 por cento.

- SUZANO PNA avançou 0,58 por cento, liderando as poucas altas do Ibovespa, seguida por FIBRIA ON, com valorização de 0,32 por cento. De acordo com analistas, as ações desses empresas perderam muito valor recentemente e agora passam por correção.

- JBS ON encerrou com ligeira alta de 0,08 por cento, depois de operar no vermelho durante boa parte do pregão. A empresa nomeou nesta segunda-feira cinco membros independentes para compor o conselho de administração da subsidiária JBS Foods International, que vai reunir os negócios internacionais da maior processadora de carne bovina do mundo.

- GOL PN, que não compõe o Ibovespa, subiu 2,46 por cento, liderando os ganhos do índice de small caps, que caiu 1,9 por cento, após a companhia aérea informar que a margem operacional do quarto trimestre deve ficar no intervalo de 6,5 a 7 por cento, dentro da projeção anterior divulgada em novembro e incluindo despesas com reestruturação da frota.

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