Mercados

Bovespa fecha em alta e caminha para encerrar mês no azul

Ganhos foram limitados por um novo tombo dos papéis da petroleira OGX, de Eike Batista, que tiveram a maior queda percentual do dia


	Bolsa de Valores de São Paulo: Ibovespa fechou o pregão com variação positiva de 0,11 por cento, a 49.921 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bolsa de Valores de São Paulo: Ibovespa fechou o pregão com variação positiva de 0,11 por cento, a 49.921 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 18h22.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou em leve alta o pregão desta quinta-feira, seguindo as bolsas norte-americanas que reagiram positivamente aos dados que mostraram melhora na economia dos Estados Unidos, e caminha para fechar o segundo mês consecutivo no azul.

Os ganhos do Ibovespa, contudo, foram limitados por um novo tombo dos papéis da petroleira OGX, de Eike Batista, que tiveram a maior queda percentual do dia.

O Ibovespa fechou o pregão com variação positiva de 0,11 por cento, a 49.921 pontos. A um dia do fechamento mensal, o índice acumula alta de 3,5 por cento até esta quinta-feira.

O giro financeiro da sessão foi de 6 bilhões de reais.

O índice interrompeu uma sequência de três quedas, com os mercados internacionais se mostrando mais calmos após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter dito que ainda não tomou uma decisão sobre um ataque contra o governo sírio, que está sendo acusado de usar armas químicas contra civis.

"Depois dos comentários do Obama, a bolsa está se recuperando um pouco...estamos vendo um movimento de recuperação internacional", afirmou o estrategista da Futura Corretora Luis Gustavo Pereira.

Sinais de melhora da economia norte-americana também deram sustentação aos mercados, embora reforcem o argumento para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduza em breve seu programa de estímulos. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu mais rápido que o esperado no segundo trimestre, e os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram na semana passada.

Em reação ao humor mais positivo, o Ibovespa chegou a avançar 1,39 por cento na máxima do dia. O setor financeiro foi o que mais puxou o índice para cima, mas ações de outros setores como Rossi Residencial e Cia Hering também foram destaques de alta.

Mas os ganhos do índice foram minimizados pela queda das blue chips Petrobras e Vale e, principalmente, da ação da petroleira OGX.

OGX Despenca

Neste pregão, os papéis da OGX recuaram 12,28 por cento, ampliando sua queda semanal para 38,27 por cento.

Na véspera, a empresa disse que a petroleira estatal malaia Petronas não tem direito de adiar o fechamento financeiro de transação para a venda de participação em blocos na bacia de Campos, mas afirmou que está "empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas".

Repercutiu ainda no mercado a divulgação de que Eike Batista se desfez de 49,8 milhões de ações da companhia e que pretende vender mais. Além disso, investidores digeriram a notícia que a parceria entre o BTG Pactual, de André Esteves, e o grupo EBX, de Eike, está para ser desfeita, segundo a coluna Radar, da revista Veja.

"O potencial de risco para a empresa ainda é muito elevado. Se ainda está tudo muito centrado em cima da holding (EBX) e ela está sendo bombardeada em vários sentidos, analistas ficam muito mais sensíveis a notícias pontuais", afirmou o diretor de gestão da Vetorial Asset Management, Pedro Paulo da Silveira.

Em sentido contrário, os papéis da mineradora do grupo, a MMX, tiveram a maior alta do índice, em meio a renovadas especulações sobre a venda do Porto Sudeste, um de seus principais ativos.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dona da Ray-Ban tem receitas acima do esperado com venda de óculos inteligentes

Peso argentino sob pressão: resgate americano pode não conter fuga de capitais

Mercado Pago supera Itaú em tráfego de usuários mensais, aponta estudo

Dólar fecha em queda com expectativa de queda de juros nos EUA