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Bovespa fecha em alta por blue chips e fluxo estrangeiro

Índice subiu 0,94 por cento, a 54.412 pontos, maior nível de fechamento desde 4 de novembro

Operadores na Bovespa: 4 000% de valorização real em 46 anos (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: 4 000% de valorização real em 46 anos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 17h55.

São Paulo - A Bovespa subiu quase 1 por cento nesta quarta-feira, renovando sua máxima desde novembro e favorecida pelo fluxo de investidores estrangeiros, com Vale e Petrobras entre as maiores influências positivas.

O Ibovespa subiu 0,94 por cento, a 54.412 pontos, maior nível de fechamento desde 4 de novembro. O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais.

A preferencial da mineradora Vale teve valorização de 2,36 por cento e a da Petrobras de 1,84 por cento, ajudando a colocar o mercado brasileiro na direção contrária de Wall Street, onde os principais índices acionários terminaram o dia no vermelho.

"A bolsa está num nível de resistência, entre os 54 mil e 55 mil pontos. Mas o mercado está mais otimista e tem entrado fluxo estrangeiro", disse o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

A única notícia positiva citada por operadores para justificar a alta da ação da Vale foi o fato de o banco central da China ter pedido que os bancos chineses acelerem a concessão de crédito imobiliário diante da desaceleração da economia do país asiático, principal destino das exportações da mineradora.

Segundo participantes do mercado, os estrangeiros foram os maiores compradores das ações da Vale neste pregão.

O saldo de estrangeiros na Bovespa estava positivo em 7,5 bilhões de reais neste ano até 12 de maio, segundo os dados mais recentes da BM&FBovespa.

"Suspeitamos que se as pesquisas continuarem a mostrar queda na popularidade de Dilma Rousseff, o ingresso nos mercados brasileiros de ações e dívida irá aumentar", escreveram analistas da corretora estrangeira Brown Brothers Harriman nesta quarta-feira.

As ações das empresas elétricas Cesp e Cemig também foram destaques de alta, antes de as empresas divulgarem resultados do primeiro trimestre.

Segundo previsões de analistas compiladas pela Reuters, espera-se que os balanços dessas empresas sejam impulsionados pela venda de energia no mercado de curto prazo e o aumento no consumo de eletricidade.

A Qualicorp avançou 3,63 por cento, a segunda maior do Ibovespa, depois de divulgar seu balanço trimestral. A administradora de benefícios de saúde teve alta de 105,8 por cento no lucro líquido ajustado na comparação com o mesmo período do ano passado.

O BTG Pactual afirmou que o crescimento anual da receita, de 22,6 por cento, foi sólido, impulsionado pelo crescimento de membros na carteira Afinidades Saúde e um aumento de 13 por cento nos preços.

Já as ações da Kroton tiveram leve queda e as da Anhanguera subiram, depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a fusão entre as companhias de ensino privado.

O aval do Cade inclui restrições como a venda de operações de ensino a distância da catarinense Uniasselvi, comprada pela Kroton em 2012.

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