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Bovespa fecha em alta de 3,64% acompanhando Wall Street

O impulso de empresas ligadas a commodities e de bancos colaborou para que a Bovespa tivesse sua terceira alta consecutiva hoje


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 18h12.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em forte alta nesta quinta-feira, no terceiro avanço consecutivo, em meio a um sentimento de alívio dos mercados globais, depois que dados mostraram que a economia dos Estados Unidos cresceu mais que o esperado no segundo trimestre.

O Ibovespa fechou em alta de 3,64 por cento, a 47.715 pontos, na maior alta percentual desde 21 de novembro de 2014, impulsionada por ações de bancos e empresas ligadas a commodities. No melhor momento do dia, o índice chegou a subir 4,25 por cento. O giro financeiro somou 7,8 bilhões de reais.

O Ibovespa acumula alta de 7,6 por cento nas últimas três sessões.

A economia dos EUA cresceu mais rápido do que se esperava no segundo trimestre deste ano, ao ritmo anual de 3,7 por cento, muito acima da taxa de 2,3 por cento projetada no mês passado, informou o Departamento de Comércio norte-americano, em sua segunda estimativa do PIB..

O dado ajudou os principais índices acionários norte-americanos a fecharem com alta superior a 2 por cento nesta quinta-feira.

As preocupações com a desaceleração da economia da China, que derrubaram com força os mercados no início desta semana, também mostraram algum arrefecimento.

"Estamos vendo um cenário um pouco melhor vindo de China, com rumores de que o governo voltou novamente a atuar (em prol do mercado). É um repique (na Bovespa) puxado por empresas de commodities, setor que mais afundou durante a onda de vendas que vimos no começo da semana", disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.

Na avaliação do analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora, "o investidor indo às compras é um sentimento de alívio e um pouco de procura por pechinchas, já que vimos a bolsa em forte queda recentemente. O Ibovespa em dólar se torna mais atrativo".

No front doméstico, o mercado digeriu a notícia de que existem estudos sobre a recriação da CPMF como parte do esforço para melhorar as contas públicas, segundo afirmaram duas fontes do governo à Reuters. Mas os presidentes do Senado e da Câmara manifestaram nesta quinta-feira que são contrários à recriação do tributo, extinto em 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Destaques

Gerdau e CSN saltaram, respectivamente, 10,88 e 9,87 por cento, com o dia mais positivo para commodities. A Gerdau, que gerou 34 por cento de sua receita líquida na América do Norte no segundo trimestre, costuma ser beneficiada por dados positivos sobre atividade econômica dos EUA. CSN também foi influenciada por notícia do jornal Valor Econômico de que estaria em negociação para alongar parte da dívida, diante de um elevado nível de alavancagem. A companhia já havia informado em meados deste mês que estava negociando alongamento de dívidas que vencem em 2016 e 2017.

Vale teve ganho de 8,63 por cento para as preferenciais e de 11,26 por cento para as ordinárias. Pela manhã, a mineradora informou que fechou acordo para vender uma mina de carvão desativada na Austrália para a Glencore e o Bloomfield Group por um valor não divulgado, dando continuidade à venda de ativos não essenciais.

Petrobras teve valorização de 9,62 por cento nas ações preferenciais e de 11,28 por cento nas ações ordinárias, maiores altas desde o início de fevereiro, favorecidas pelo dia de grande avanço dos preços do petróleo no exterior. O Brent e o petróleo dos EUA fecharam em alta de mais de 10 por cento, em meio ao rali nos mercados de ações e de uma queda inesperada nos estoques de petróleo nos EUA.

Suzano Papel e Celulose teve variação negativa de 0,12 por cento, devolvendo avanço que chegou a 1,55 por cento mais cedo, afetada pelo declínio do dólar ante o real. O papel recuou apesar de a empresa ter anunciado aumento de preços da celulose na quarta-feira. Analistas afirmaram que o aumento já era esperado, após a rival Fibria ter elevado preços, também em 20 dólares a tonelada de fibra curta, na semana passada.

Itaú Unibanco e Bradesco mantiveram o movimento positivo de quarta-feira com ganhos de 3,54 e 2,45 por cento, respectivamente, após comissão no Congresso Nacional aprovar aumento menor da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras.

Texto atualizado às 18h12

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