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Bovespa fecha em alta antes de votação de impeachment

A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta, descolada do cenário externo


	Bovespa: o Ibovespa subiu 1,56 por cento, a 53.227 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 1,56 por cento, a 53.227 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 18h07.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, renovando máxima em nove meses, com investidores na expectativa de que a Câmara dos Deputados aprove a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo.

Descolado da fraqueza externa, o pregão também foi marcado pelos últimos ajustes para o vencimento dos contratos de opções sobre ações que acontece na segunda-feira na bolsa paulista.

O Ibovespa subiu 1,56 por cento, a 53.227 pontos, máxima de fechamento desde 14 de julho de 2015.

O volume financeiro totalizou 8,7 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 5,8 por cento.

Após sofrer leve realização de lucros na quinta-feira, o índice de referência do mercado acionário local retomou o viés positivo nesta sexta, no primeiro dia do rito de votação do impeachment na Câmara dos Deputados. A alta foi amparada por levantamentos mostrando que a oposição já teria conseguido os votos 342 votos necessários para a aprovação do impeachment na Câmara. [ Profissionais da área de renda variável avaliam que a reação da bolsa ao resultado da votação no domingo deve depender do placar de votos. "Se vier algo como 380 votos a favor, pode dar mais suporte ao pregão", arriscou um gestor.

Para efeito de comparação, considerando as diferenças entre os dois cenários, no dia em que a Câmara dos Deputados, em setembro de 1992, aprovou a abertura do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor, o Ibovespa subiu 7,6 por cento, mas no dia seguinte recuou 1,8 por cento.

Em Wall Street, os principais índices acionários recuaram ligeiramente nesta sexta-feira na esteira da queda dos preços do petróleo e das ações da Apple, mas o desempenho semanal foi positivo.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 5,79 por cento, com agentes financeiros relevando a queda do petróleo e voltando as atenções para os potenciais desdobramentos no cenário político no fim de semana.

- BANCO DO BRASIL subiu 3,51 por cento, também amparado em expectativas ligadas à esfera política, resistindo ao enfraquecimento das ações de bancos privados, com o ITAÚ UNIBANCO fechando com avanço de apenas 0,64 por cento e BRADESCO ganhando 0,45 por cento.

- VALE avançou 3,55 por cento, também resistindo ao declínio dos preços do minério de ferro na China <.IO62-CNI=SI>, assim como as siderúrgicas, com USIMINAS valorizando-se 5 por cento.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES avançou 5,04 por cento. De acordo com cálculos da Hoper Consultoria divulgados nesta sexta-feira, a empresa ficou com 16.628 vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no primeiro semestre de 2016.

- RAIA DROGASIL subiu 4,90 por cento, também entre as maiores altas. O Credit Suisse disse em nota a clientes que a rede de drogarias deve apresentar resultado forte para o primeiro trimestre do ano e "estelar" no segundo trimestre.

- OI caiu 2,22 por cento, tendo no radar reportagem do jornal Folha de S.Paulo, de que a operadora de telecomunicações pode precisar resolver seus problemas de endividamento antes de usufruir dos benefícios do novo modelo de contratos de telefonia. Na véspera, a Agência Nacional de Telecomunicações disse que resolveu adiar por mais 60 dias a análise de proposta para mudanças nos contratos de concessão de telefonia fixa.

Texto atualizado às 18h06

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