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Bovespa fecha abaixo de 62 mil pontos com piora no exterior

O Ibovespa caiu 2,49%, com todas as ações do índice no vermelho, a 61.750 pontos, o patamar de fechamento é o menor desde 13 de outubro (61.118 pontos)

Bovespa: o volume financeiro foi de 8,9 bilhões de reais no pregão desta quinta-feira (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: o volume financeiro foi de 8,9 bilhões de reais no pregão desta quinta-feira (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 18h50.

São Paulo - O principal índice da Bovespa engatou a segunda queda consecutiva superior a 2 por cento e perdeu o patamar dos 62 mil pontos nesta quinta-feira, com a piora do cenário externo corroborando nova realização de lucros no pregão brasileiro.

O Ibovespa caiu 2,49 por cento, com todas as ações do índice no vermelho, a 61.750 pontos. O patamar de fechamento é o menor desde 13 de outubro (61.118 pontos) e apenas nos dois primeiros pregões de novembro o índice caiu 4,9 por cento, após subir 11,2 por cento em outubro.

O volume financeiro foi de 8,9 bilhões de reais no pregão desta quinta-feira.

A bolsa doméstica chegou a ensaiar uma melhora no final da manhã na esteira de ganhos em Wall Street, após um começo de sessão no Brasil pressionado por ajustes ao movimento de ADRs (recibo de ações negociados nos Estados Unidos) e sinalização do Federal Reserve sobre os juros norte-americanos na véspera. No melhor momento do pregão, o Ibovespa subiu 0,3 por cento.

O enfraquecimento das bolsas em Nova York, contudo, minou a tentativa de recuperação local, assim como a consolidação dos preços do petróleo em baixa. O S&P 500 caiu 0,44 por cento, enquanto o contrato de petróleo WTI fechou em baixa de 1,5 por cento.

O cenário eleitoral norte-americano, em meio à disputa acirrada pela presidência do país entre Hillary Clinton e Donald Trump, também adicionou apreensão aos negócios locais.

"Na medida em que se aproximam as eleições americanas para presidente e as pesquisas embolam os resultados, os investidores vão estressando e criam aversão ao risco", escreveu o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira, em nota a clientes.

Na véspera, o banco central norte-americano manteve os juros, mas sinalizou fortemente que pode elevar a taxa em dezembro, com a economia ganhando fôlego e com membros do Fed expressando mais otimismo de que a inflação está se movendo na direção da sua meta de 2 por cento.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 4,33 por cento, enquanto PETROBRAS ON perdeu 4,24 por cento, com o preços do petróleo firmando-se em baixa. [O/R]

- VALE PNA recuou 1,54 por cento e VALE ON caiu 1,52 por cento, contaminadas pelo mau humor geral, após alta vista mais cedo, quando as ações ajudaram a sustentar a tentativa de recuperação do Ibovespa.

- ITAÚ UNIBANCO caiu 2,15 por cento, em uma sessão volátil e após a queda de quase 3 por cento de terça-feira. No melhor momento do pregão, os papéis do banco subiram 1,6 por cento. A sessão também foi de volatilidade para outros nomes do setor. BRADESCO PN teve baixa de 2,37 por cento, após subir 1,4 por cento na máxima do dia.

- BB SEGURIDADE caiu 4,21 por cento. O balanço do terceiro trimestre da empresa será divulgado em 7 de novembro e analistas da corretora Brasil Plural avaliam que o resultado pode mostrar impacto da greve dos bancários, que levou a um efeito atípico nas vendas de seguros em setembro.

- NATURA caiu 5,35 por cento. No radar estava o resultado da Avon, que mostrou crescimento de 6 por cento nas vendas no Brasil, em base ajustada, no terceiro trimestre frente a igual período do ano passado, enquanto a Natura reportou queda de 7,1 por cento na receita líquida de suas operações no Brasil.

- RUMO LOGÍSTICA perdeu 7,83 por cento, a maior baixa do Ibovespa. No radar estava o rebaixamento para "equal weight" na recomendação da corretora Brasil Plural, com seus analistas dizendo que o resultado da empresa, previsto para o dia 9 de novembro, não deve atingir as expectativas do mercado.

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