Bovespa: o Ibovespa vem de uma queda de 1,02% ontem, quando fechou aos 53.855,54 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 10h24.
São Paulo - O clima negativo predomina no exterior, diante dos sinais de crescimento econômico lento nos Estados Unidos e na zona do euro, o que tende a contaminar os negócios domésticos neste pregão de agenda esvaziada.
Mas o vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira, 19, deve adicionar volatilidade à sessão, já que esta sexta-feira, 16, é o último dia para os investidores negociarem suas opções. Às 9h45, o Ibovespa Futuro exibia queda de 0,51%, aos 54.095 pontos.
"A Bovespa hoje deve abrir sem tendência, na inércia da queda de ontem, esperando novidades para tomar um rumo mais definido. Hoje não tem indicadores importantes previstos nem aqui, nem do exterior. Mas se o estrangeiro resolver entrar comprando a Bolsa pode subir, não é uma questão de fundamento", avalia um operador ouvido pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que acrescenta que o pregão hoje deve ser mais especulativo por causa do vencimento na segunda-feira.
O Ibovespa vem de uma queda de 1,02% ontem, quando fechou aos 53.855,54 pontos, acompanhando as perdas generalizada das bolsas internacionais.
O PIB mais fraco da zona do euro e a produção industrial norte-americana igualmente frágil desencadearam um movimento de venda de ações por todo o mundo.
Na sessão desta sexta-feira, no campo corporativo, os investidores devem repercutir os últimos balanços da temporada, com destaque para Eletrobras, Cemig, Light, Sabesp, Cesp e SulAmérica.
Em Wall Street, os índices futuros apontam para uma abertura em queda, dando continuidade à trajetória da véspera, mas reduziram as perdas após a divulgação de dos números de moradias iniciadas em abril nos Estados Unidos, divulgado nesta manhã.
As construções de moradias iniciadas nos EUA tiveram forte alta de 13,2% em abril ante março, para a taxa anual sazonalmente ajustada de 1,07 milhão, segundo o Departamento do Comércio. Na comparação anual, as construções saltaram 26,4% em abril.
Na Europa, as principais praças acionárias operam majoritariamente em queda. Por lá, está cada vez mais forte a aposta de que o Banco Central Europeu (BCE) deve adotar mais estímulos para o bloco de 18 países, diante dos dados ruins sobre inflação e crescimento da economia, conhecidos ontem.
Vale destacar que as preocupações com a Ucrânia seguem no radar, após relatos de que tropas da Ucrânia tentam forçar os separatistas pró-Rússia a saírem de suas bases rebeldes no leste do país, parte de cidades de Slovyansk e Kramatorsk.
Na agenda internacional, logo mais, às 10h55, sai a leitura preliminar de maio do índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos. Entre os eventos previstos para o dia, destaque para discurso do presidente da distrital de Saint Louis do Federal Reserve, James Bullard, 12h50. Na Europa, os líderes da União Europeia concluem reunião de cúpula.
Voltando ao cenário doméstico, mais cedo saiu o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como "PIB do BC", que mostrou queda de 0,11% em março em relação a fevereiro, após registrar alta de 0,02% entre janeiro e fevereiro (dado revisado), na série com ajuste sazonal.
Apesar de o número não fazer preço na Bolsa, operadores comentam que o número não ajuda, pois reflete que a economia não está andando no ritmo que o governo e o mercado gostariam.
"Não é determinante para a venda de papéis na Bolsa, mas reforça que a economia está fraca", comentou um operador.