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Bovespa deve tentar terceira alta seguida

Na ausência de notícias e indicadores que possam sugerir turbulências, os negócios locais têm espaço para dar continuidade à recuperação

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 10h41.

São Paulo - Após fechar na segunda-feira no maior nível em quase três meses, a Bovespa deve seguir em alta nesta terça-feira, mais uma vez embalada pela aposta em possíveis medidas de estímulo por parte dos bancos centrais no exterior. Na ausência de notícias e indicadores que possam sugerir turbulências, os negócios locais têm espaço para dar continuidade à recuperação iniciada na última sexta-feira. A alta das commodities também pode contribuir para um desempenho positivo. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,53%, aos 58.654,12 pontos.

Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, "a abertura em alta da Bovespa está garantida", acompanhando o otimismo internacional, ainda em meio à espera de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e, talvez, do Federal Reserve. O economista sênior da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, acrescenta que "sem grandes mudanças no cenário, os investidores globais aproveitam o momento de humor positivo e colecionam ganhos, principalmente no mercado de renda variável".

Porém, salienta Viera, neste momento não há nada muito mais concreto e "o problema da melhora atual de humor é que se baseia no que supostamente o BCE ou o Fed venham a fazer, sem que ambos tenham sinalizado qualquer movimento". Ainda assim, por volta das 9h50, os índices futuros das Bolsas de Nova York e as principais bolsas europeias operavam no campo positivo, em dia de agenda econômica fraca. O futuro do S&P 500 subia 0,37%, enquanto a Bolsa de Frankfurt avançava 0,57%. Já o petróleo WTI para setembro subia 0,47% na Nymex, para US$ 92,69 por barril.

Nos EUA, saem nesta terça-feira o crédito ao consumidor norte-americano em junho e os estoques semanais de petróleo bruto e derivados. Também nesta terça-feira o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, fala sobre educação, economia e finanças em evento em Washington.

Já na Europa, a Itália informou que seu Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 0,7% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre do ano, segundo dados preliminares. Embora em linha com a previsão do mercado, o resultado marca a contração da economia italiana por quatro trimestres consecutivos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB da Itália caiu 2,5%, o pior desempenho neste tipo de comparação desde o quarto trimestre de 2009.

Além do efeito do exterior, a melhora da Bolsa é marcada pela mudança na estratégia dos investidores estrangeiros em índice Bovespa futuro acompanhada de ingresso de recursos externos no mercado à vista. Segundo dados atualizados até ontem pela BM&F Bovespa, os "gringos" ampliaram a posição "comprada" (aposta na alta) em Ibovespa futuro em cerca de 10 mil contratos, um dia após terem deixado de apostar na baixa ("vendido").


"Os estrangeiros zeraram a posição 'vendida' e partiram para a 'comprada' e o mercado melhorou exatamente por isso", avalia um operador de renda variável, acrescentando que o movimento do índice futuro "puxa" o do índice à vista.

No noticiário corporativo, as ações da Petrobras, que se recuperaram da queda de quase 6% na abertura de ontem e fecharam com ganho de 0,15% nas ON e recuo de apenas 0,10% nas PN, seguem no foco dos investidores. A presidente da empresa, Graça Foster, participa nesta terça-feira de encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao lado do secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann.

Os investidores também devem repercutir os resultados financeiros divulgados entre a noite de segunda-feira e a manhã desta terça-feira, entre eles de CPFL e Itaúsa. BM&FBovespa revela seus números depois do fechamento do mercado.

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