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Bovespa deve encerrar mês no positivo

Bolsa tenta conservar o sinal positivo no ano diante de um cenário exterior indefinido

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 10h50.

São Paulo - Neste último dia de julho, dificilmente a Bovespa entregará os ganhos acumulados no mês, devendo, com isso, encerrar uma sequência de quatro quedas mensais consecutivas. Resta saber se ela ainda terá forças para conservar o sinal positivo no ano, especialmente diante do exterior indefinido. Dados econômicos ruins da Europa, divulgados nesta manhã, renovam as expectativas por mais estímulos por parte dos bancos centrais globais. Ao mesmo tempo, nos EUA, indicadores vieram em linha com o previsto e, no geral, as incertezas impõem cautela aos negócios. Às 10h04, o Ibovespa tinha leve alta de 0,09%, aos 57.294,74 pontos.

Na segunda-feira o Ibovespa fechou na máxima pontuação do dia, com alta de 1,22%, aos 57.240,92 pontos. Foi a primeira vez no mês que o índice à vista alcançou este patamar e encerrou na maior pontuação desde 14 de maio (57.539,61). Só nas últimas três sessões acumulou valorização de quase 9%, passando para o positivo no mês. No ano até ontem, porém, a alta é de apenas 0,86%.

O operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro avalia que "o Ibovespa esticou demais na véspera, ainda em função da espera, num movimento iniciado na sexta-feira, com sinais de estímulos por parte do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mário Draghi". Um operador de renda variável, que falou sob a condição de anonimato, acrescentou que, depois da expectativa "tão grande" criada, "mesmo que o Draghi não baixe os juros, por exemplo, terá de fazer algo, porque o mercado ficou eufórico".

Assim, os investidores mantêm o foco no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed), que inicia sua reunião de política monetária de dois dias nesta quarta-feira, e no Banco Central Europeu (BCE), cuja decisão sai na quinta-feira. Em compasso de espera, as bolsas europeias operam em direções divergentes, mas perto da linha da estabilidade. Nos EUA, o futuro do S&P 500 mostrava leve alta de 0,07% às 10h04.

E, enquanto as decisões não são anunciadas, dados divulgados nos EUA podem dar algum rumo aos negócios. "No mercado local, em dia de fraca agenda econômica, investidores ficarão atentos à agenda dos EUA, repercutindo também os balanços corporativos locais", disse a equipe da Um Investimentos, em relatório.

Nesta manhã foi divulgado que a renda pessoal dos norte-americanos subiu 0,5% em junho, levemente acima da previsão de +0,4%, e que os gastos com consumo ficaram estáveis no mesmo período, ante previsão de +0,1%. O custo da mão de obra, por sua vez, subiu 0,5% no segundo trimestre deste ano, em linha com o projetado.


Às 10 horas, sai o índice de preços de moradias em cidades norte-americanas. Depois, às 10h45, o ISM divulga o índice de atividade industrial regional e, às 11 horas, o Conference Board publica o índice de confiança do consumidor. No fim do dia, já na Ásia, a China publica os índices de atividade industrial (PMI) em julho, calculados pelo HSBC e pelo CFLP.

Internamente, os investidores repercutem os resultados financeiros de AmBev, TIM e Usiminas, entre outros. A AmBev registrou lucro líquido de R$ 1,932 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que representa uma alta de 5,4% na comparação com o resultado de igual período de 2011 e ficou de acordo com o esperado pelo mercado.

TIM, por sua vez, apresentou um lucro líquido de R$ 346,787 milhões entre abril e junho, resultado acima da média projetada. Já as ações da Usiminas podem realizar lucros após a companhia ter confirmado as expectativas de reversão do lucro para um prejuízo na comparação entre o segundo trimestre do ano passado e o deste ano.

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