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BOVESPA-Construtoras pesam e índice fecha em queda

(Texto acrescido de mais informações e fechamento oficial) Por Rodolfo Barbosa SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - Apesar de ter iniciado o dia em alta, a bolsa brasileira ficou à mercê do fluxo de estrangeiros e novas perdas agudas no setor de construções, fechando em queda nesta quinta-feira. O Ibovespa , principal índice do […]

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 18h07.

(Texto acrescido de mais informações e fechamento oficial)

Por Rodolfo Barbosa

SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - Apesar de ter
iniciado o dia em alta, a bolsa brasileira ficou à mercê do
fluxo de estrangeiros e novas perdas agudas no setor de
construções, fechando em queda nesta quinta-feira.

O Ibovespa , principal índice do mercado local,
encerrou pregão com desvalorização de 0,83 por cento, para
67.306 pontos, depois de tocado máxima de 0,74 por cento de
alta na manhã.

O volume financeiro da sessão foi de 6,79 bilhões de
reais.

De acordo com participantes de mercado, assim como na
véspera, os investidores desmontaram posições sem refazê-las na
mesma proporção, avaliando as perspectivas do mercado interno
como pouco atraentes, especialmente para estrangeiros.

"Aqui não tem força, dá impressão de fim de festa, quem
tinha o que fazer já fez, vamos ter que pensar só em 2011",
afirmou Luiz Roberto Monteiro, assessor financeiro da corretora
Souza Barros.

"Nos Estados Unidos, o Federal Reserve sinalizou que a
recuperação da economia é lenta, o que deixa o mercado
dependente da China, onde teremos mais medidas de aperto no ano
que vem. Na Europa, a crise não se resolve e por aqui a
expectativa é de alta na Selic no começo do ano. No todo, o
mercado não consegue alavacar, fica dependente de estrangeiro,
que veio fraco em dezembro", explica Monteiro.

Em Wall Street, os principais índices
operavam em alta após a FedEx ter apresentado uma previsão
positiva e com os investidores continuando a aplicar em ações
que tiveram bom desempenho no ano.

No Ibovespa, ações do setor de construção, que vinham bem
ao longo do ano, tiveram as maiores perdas da sessão, enquanto
as blue chips não tiveram desempenho para conter as perdas.

Para Paulo Mercado, operador da InTrader, da Gradual
Investimentos, a ata do Copom ajuda a explicar as baixas de
construtoras. "Entre as novidades da ata está a redução de
crédto, regras de financiamento e aumento do compulsório, que
parecem estar pesando sobre o setor".

As ações da MRV tiveram a maior variação
negativa, de 7,38 por cento, para 14,19 reais, com forte giro,
e os papéis da PDG cederam 3,39 por cento, para 9,12
por cento.

As preferenciais da Petrobras tiveram leve queda
de 0,08 por cento, para 25,35 reais, enquanto as ações
ordinárias tiveram pequana alta de 0,04 por cento,
para 27,97 reais.

Os papéis preferenciais da Vale recuaram 0,87
por cento, para 49,90 reais, ao passo que os papéis ordinários
caíram 0,09 por cento, para 56,75 reais.

O setor bancário ainda contribuiu com a baixa do índice. O
Itaú Unibanco caiu 0,81 por cento, para 38,14 reais,
e o Banco do Brasil cedeu 0,97 por cento, a 30,75
reais.

Entre as altas, a Brasil Foods avançou 3,7 por
cento, para 26,65 reais, seguida pela Braskem , que
ganhou 3,43 por cento, para 19,29 reais, após a Itaú Corretora
revisar o preço-alvo para a petroquímica de 20,2 para 24,3
reais, com recomendação "outperform".

A CCR Rodovias , uma das principais recomendações
do Merrill Lynch para 2011 com preço-alvo de 55 reais, avançou
2,82 por cento, para 44,52 por cento.

(Edição de Isabel Versiani)

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