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Bovespa cai quase 3% pressionada pela Vale e Petrobras

A expectativa geral, segundo operadores, é de aprovação da PEC dos gastos, mas o placar será importante para mostrar a força do governo de Michel Temer

Bovespa: "As commodities foram o centro das atenções hoje", resumiu o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: "As commodities foram o centro das atenções hoje", resumiu o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 19h12.

São Paulo - A bolsa paulista encerrou os negócios desta terça-feira em forte queda e com o seu principal índice um pouco abaixo de 61 mil pontos, pressionada pelo recuo das ações da Vale e da Petrobras, em sessão de queda nos preços de commodities metálicas e do petróleo.

O Ibovespa caiu 2,97 por cento, a 60.986 pontos, após ter subido mais de 2 por cento na véspera e se aproximado dos 63 mil pontos.

O volume financeiro do pregão somou 7,7 bilhões de reais, abaixo da média diária do mês até a véspera, de 9,2 bilhões de reais.

"As commodities foram o centro das atenções hoje", resumiu o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo, acrescentando que no campo político a sessão foi de espera pela votação em primeiro turno no Senado da medida que limita o crescimento dos gastos públicos, prevista para ocorrer ainda nesta terça-feira.

A expectativa geral, segundo operadores, é de aprovação da medida, mas o placar será importante para mostrar a força do governo do presidente Michel Temer para avançar com as medidas consideradas importantes para a recuperação da economia após a mais recente crise política, que levou à demissão do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.

Destaques

- VALE PNA caiu 4,18 por cento e VALE ON perdeu 5,9 por cento, acompanhando a baixa dos preços do minério de ferro. Apesar das perdas da sessão, as ações PNA acumulam no mês alta de quase 28 por cento, enquanto os papéis ON têm ganhos de 32 por cento. Operadores também acompanharam o evento com investidores realizado em Nova York, onde a mineradora informou que está aproveitando os recentes ganhos nos preços de metais e minerais e o sucesso das medidas de cortes de gastos para repensar o ritmo do plano de venda de ativos para reduzir a dívida.

- PETROBRAS PN recuou 5,17 por cento e PETROBRAS ON cedeu 5,28 por cento, alinhada ao declínio das cotações do petróleo no mercado internacional, em meio a sinais de que os principais produtores de petróleo estão com dificuldades em chegar a um acordo para cortar a produção e reduzir o excesso de oferta global. [O/R]

- GERDAU PN caiu 5,20 por cento, CSN recuou 4,57 por cento e USIMINAS PNA perdeu 6,11 por cento, em meio à fraqueza dos preços das commodities metálicas.

- ITAÚ UNIBANCO teve desvalorização de 2,42 por cento, BRADESCO PN caiu 3,17 por cento, em sessão negativa para o setor bancário como um todo. No radar estava aprovação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado de projeto que define um teto para o juro do cartão de crédito equivalente ao dobro do CDI, próxima à Selic, hoje em 14 por cento ao ano.

- FIBRIA subiu 4,12 por cento, SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA avançou 2,77 por cento, e KLABIN teve alta de 1,57 por cento, as únicas altas do Ibovespa, após dados do Foex mostrarem alta nos preços da celulose na China. Além disso, Fibria e Suzano anunciaram na semana passada aumento nos preços para clientes na Ásia e a expectativa é que anunciem em breve reajustes para outras regiões.

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