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Bovespa cai pressionada por blue chips

O Ibovespa perdeu 0,70 por cento, a 54.894 pontos, e terminou a semana com queda acumulada de 3,24 por cento

Indicadores na BM&FBovespa (Germano Lüders/EXAME)

Indicadores na BM&FBovespa (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 18h52.

São Paulo- A bolsa brasileira encerrou o pregão desta sexta-feira em baixa, influenciada por Vale e Petrobras e seguindo o movimento dos mercados externos que recuaram pelas persistentes preocupações com a Europa.

O Ibovespa perdeu 0,70 por cento, a 54.894 pontos, e terminou a semana com queda acumulada de 3,24 por cento. O giro financeiro desta sessão foi de 3,99 bilhões de reais.

Segundo o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano, as preocupações com a crise da dívida na Europa foram as principais responsáveis pelo recuo desta sexta, apesar da falta de novidades sobre a situação.

"Não teve nada de novo. Apenas uma coisa, que foi rebaixamento do rating da Bélgica", afirmou. Pela tarde, a agência de classificação de risco Standard & Poor's 500 rebaixou a nota da dívida do país europeu de "AA+" para "AA".

Apesar de considerar a notícia negativa, Serrano lembrou que pela manhã o comportamento dos mercados já estava ruim, com o resultado do leilão de títulos italianos, que teve um juro recorde na história do euro, de 6,5 por cento.

O economista considerou que, para a semana que vem, as atenções continuarão voltadas para o continente europeu, apesar de dados importantes do mercado de trabalho nos Estados Unidos. "O mercado está mais dependente de notícias do que de dados", afirmou.


Na bolsa paulista, o comportamento das blue chips foi decisivo na queda do Ibovespa. A ação preferencial da Petrobras teve a maior perda entre os papéis que integram a carteira teórica, de 3,05 por cento, a 21,01 reais, após a estatal divulgar dados de produção de outubro mostrando estabilidade na comparação com setembro.

A preferencial da Vale teve queda de 2,13 por cento, a 39,00 reais, com investidores na expectativa pelo anúncio do plano de negócios para 2012, esperado para ocorrer na segunda-feira.

Em relatório, os analistas Edmo Chagas e Antonio Heluany, do BTG Pactual, afirmaram que a mineradora deverá apresentar um plano de investimentos mais cauteloso para 2012, o que vêem como positivo.

"Como diversos projetos sofreram adiamentos, esperamos que as metas de volumes sejam postergadas, e que os investimentos sejam reduzidos em alguma medida. No entanto, essas mudanças devem ser sutis, pois acreditamos que a Vale irá reforçar a mensagem de continuidade em sua estratégia de crescimento", afirmaram.

Entre as ações que registraram alta, o destaque ficou com Marfrig, que subiu 4,88 por cento, a 8,81 reais, com investidores otimistas por uma recuperação das ações do frigorífico, após bons resultados no terceiro trimestre, com a elevação das recomendações por corretoras.

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