Sala de operações da Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2011 às 17h49.
São Paulo - O mercado acionário doméstico teve hoje um pregão volátil, porém apático, com volume estreito. O noticiário fraco e a proximidade do vencimento de opções sobre ações fizeram com que os investidores não firmassem posição, o que não impediu, entretanto, que o Ibovespa tivesse sua pior semana desde o final de setembro.
A Bolsa doméstica encerrou o dia com perda de 0,45%, aos 56.761,34 pontos, menor nível desde os 56.285,99 pontos de 25 de outubro. Na mínima, registrou 56.418 pontos (-1%) e, na máxima, 57.477 pontos (+0,86%). Na semana, caiu 3,10%, o pior desempenho desde a retração de 6,95% auferida nos cinco pregões encerrados em 23 de setembro. No mês, acumula perda de 2,75% e, no ano, de 18,14%. O giro financeiro totalizou R$ 5,277 bilhões. Os dados são preliminares.
Na abertura, a Bovespa subiu, novamente se ajustando ao tombo de 2,68% da véspera. Mas na hora do almoço já tinha virado para o vermelho e renovado as mínimas pontuações do dia. Mais perto do final da sessão, o fôlego diminuiu e o índice ficou bem perto da estabilidade.
Os investidores seguem tendo como pano de fundo a Europa, com a preocupação de a crise da dívida sair do controle nos países centrais. Hoje, o BCE entrou novamente no mercado de bônus soberanos comprando bônus da Itália e da Espanha, o que ajudou a reduzir os yields desses títulos. Mais cedo, o site do jornal El País afirmou que o spread entre os bônus de 10 anos da Espanha e os similares alemães superou 500 pontos-base nesta manhã pela primeira vez desde 1997. O periódico lembrou que Grécia, Irlanda e Portugal foram obrigados a solicitar resgate internacional após os spreads dos seus bônus ultrapassarem essa marca.
As bolsas europeias caíram, mas as norte-americanas operavam sem uniformidade. Às 18h17, o Dow Jones subia 0,29%, o S&P avançava 0,04% e o Nasdaq tinha baixa de 0,50%. Saiu hoje o índice de indicadores antecedentes da Conference Board em outubro, que subiu 0,9% acima da previsão de alta de 0,6%.
Por aqui, Vale ON caiu 0,34% e PNA, -0,24%. Petrobras ON subiu 0,85% e PN, +1,07%. Na Nymex, o contrato do petróleo para dezembro, que venceu hoje, recuou 1,42%, a US$ 97,41 o barril, enquanto o contrato para janeiro perdeu 1,27%, a US$ 97,67 o barril.
Câmbio - O dólar no mercado à vista fechou em alta hoje pelo quarto dia consecutivo. Após ceder à mínima pela manhã de R$ 1,767 (-0,73%), o dólar à vista descolou-se da queda registrada no exterior no começo da tarde e fechou com alta de 0,17%, cotado a R$ 1,7830 no balcão - ainda o maior valor desde 20 de outubro (a R$ 1,7930). Na semana, a divisa apurou valorização de 2,24%; no mês, sobe 5,25% e, no ano, +7,15%. Na BM&F, o dólar à vista terminou com ganho de 0,03%, a R$ 1,7827. O avanço da moeda, porém, ocorreu com um giro financeiro bem inferior à média diária de negócios. Até 16h15, o Banco Central registrava um giro de US$ 1,2 bilhão em D+2, ou 36% menor que o dia anterior.
No mercado futuro, até 16h23, quatro vencimentos de dólar foram negociados, também com um volume financeiro pequeno, de cerca de US$ 10,721 bilhões ou 45% inferior ao da véspera. Às 16h50, o dólar dezembro de 2011 subia 0,14%, para R$ 1,7885, com um giro de US$ 10,599 bilhões. A máxima intraday deste vencimento foi de R$ 1,7930 (+0,39%) e a mínima de R$ 1,7725 (-0,76%).
Juros - Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (266.675 contratos) estava em 10,984%, de 11,00% na véspera. O DI janeiro de 2013, com giro de 159.430 contratos, apontava 9,93%, e o DI janeiro de 2014 (97.470 contratos) marcava 10,16%, ambos nivelados ao ajuste. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (32.510 contratos) caía a 10,72%, de 10,77% ontem, e o DI janeiro de 2021 (2.425 contratos) recuava a 10,82%, ante 10,86%.C