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Bovespa cai puxada por recuo de Petrobras e bancos

A Bovespa fechou em baixa diante do enfraquecimento da Petrobras, após a piora do petróleo, e com a queda nas ações de Itaú e Bradesco


	Operadores na Bovespa: volume financeiro somou 6 bilhões de reais
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: volume financeiro somou 6 bilhões de reais (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 17h14.

São Paulo - O principal índice da Bovespa não sustentou o fôlego da abertura e fechou em baixa nesta quinta-feira, com a queda do petróleo minando os papéis da Petrobras, enquanto as ações do Itaú e do Bradesco fecharam no vermelho.

A bolsa paulista descolou de Wall Street, onde o S&P 500 avançava 1,6 por cento, após o Federal Reserve prometer que será paciente na remoção dos estímulos de política monetária. 

O Ibovespa encerrou em queda de 0,45 por cento, a 48.495 pontos. Na máxima da sessão chegou a subir 1,75 por cento, a 49.564 pontos.

O volume financeiro somou 6 bilhões de reais.

Novas informações na mídia local aventando a possibilidade do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foram suficientes para justificar a realização de lucros nas ações preferenciais de Itaú e Bradesco, que respondem por quase 20 por cento da composição do índice.

Itaú recuou 0,75 por cento, após subir 5 por cento na véspera e avançar 2,6 por cento no melhor momento do pregão desta quinta. Bradesco caiu 0,6 por cento, após subir 4,9 por cento na quarta-feira e 3 por cento na máxima desta sessão. As ações da Petrobras também abandonaram o viés ascendente da primeira etapa da sessão, quando a trégua na queda do petróleo e expectativa de eventual mudança na direção da estatal sustentaram altas superiores a 7 por cento.

As preferenciais fecharam em queda de 2,07 por cento e as ordinárias recuaram 0,22 por cento, com o petróleo Brent caindo 2,7 por cento em Londres, enquanto o barril negociado nos EUA fechou em baixa de 4,18 por cento.

Ainda entre as blue chips, Vale avançou, ajudando a limitar a piora do pregão.

O setor siderúrgico fraquejou, após fortes altas nos últimos pregões, com Usiminas e CSN encerrando entre as maiores baixas. Gerdau, que havia subido menos, foi exceção e avançou 1,89 por cento. Analistas do Bank of America Merrill Lynch elevaram a recomendação do papel para "compra".

Embraer resistiu à queda do dólar e subiu 0,63 por cento. O Congresso aprovou nesta madrugada medida provisória que cria um plano de desenvolvimento da aviação regional, considerava por analistas positiva para a fabricante de aeronaves.

O Grupo Pão de Açúcar terminou em baixa de 1 por cento, após a rede francesa de varejo Carrefour confirmar a venda de 10 por cento da sua subsidiária brasileira a Abilio Diniz, ex-presidente do Conselho de Adminitração do GPA.

Gol, por sua vez, foi destaque de alta, com a queda do petróleo e cobertura de posições por agentes que haviam alugado o papel para vendê-lo no mercado (short squeeze). A companhia aérea ainda teve a recomendação elevada para "compra" pelo BofA ML mais cedo.

Sabesp também avançou em meio ao anúncio de sobretaxa para os consumidores que aumentarem o consumo de água. Um relatório do BTG Pactual nesta quinta-feira trouxe corte da previsão para o crescimento dos lucros das empresas brasileiras em 2015, não descartando novo corte à frente.

*Atualizada às 18h14 do dia 18/12/2014

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