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Bovespa busca retomar marca dos 60 mil pontos

Ações com maior liquidez continuam atraindo mais a atenção dos investidores

A expectativa pelos desdobramentos políticos na Itália e a fraca agenda econômica do dia redobram a dose de volatilidade na Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

A expectativa pelos desdobramentos políticos na Itália e a fraca agenda econômica do dia redobram a dose de volatilidade na Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h24.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) oscilava perto da estabilidade no fim da manhã, em meio ao desafio de recuperar a marca dos 60 mil pontos e firmar a trajetória ascendente. No entanto, a expectativa pelos desdobramentos políticos na Itália e a fraca agenda econômica do dia redobram a dose de volatilidade, imersa em muita cautela. Por volta das 11h35, o índice Bovespa (Ibovespa) tinha leve alta de 0,06%, aos 59.233 pontos.

"Hoje a Bolsa deve acompanhar os mercados lá fora", comenta o estrategista-chefe da SLW, Pedro Galdi. Para ele, parece haver um sentimento de que a renda variável doméstica pode passar por um "rali de fim de ano", apoiada pelos fundamentos macroeconômicos do País. "Está muito feia a queda no acumulado de 2011", acrescenta, referindo-se às perdas em torno de 15% de janeiro até ontem.

Os especialistas apresentaram dificuldades em justificar as razões para o comportamento da bolsa no fim da semana passada e no início desta. Mas, para os analistas do BB Investimentos, a movimentação recente mostrou que a estratégia dos investidores prosseguiu no posicionamento nas ações de maior liquidez. "A opção pode ser uma tentativa de se antecipar a algum movimento altista, com saída rápida caso o cenário não seja conforme os agentes tenham previsto", avaliam.

Por enquanto, as apostas estão no caminho certo. Com o foco na Europa deslocado agora para a Itália, as bolsas no exterior se posicionam para comemorar uma eventual queda do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Hoje, a Câmara Baixa do Parlamento italiano vota, a partir das 12h30, medidas orçamentais que, se reprovadas, podem abrir espaço para uma sessão que submeterá o governo Berlusconi a um voto de confiança, forçando, inclusive sua renúncia. Já na Grécia, permanece o potencial anúncio do nome do novo primeiro-ministro grego.

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