Mercados

Bovespa avança, apesar de queda histórica de elétricas

O Ibovespa subiu 0,84 por cento, a 59.921 pontos, após ter chegado a avançar 1,2 por cento na máxima durante os negócios, acima dos 60 mil pontos


	Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 10,7 bilhões de reais, acima da média diária do ano, de 7,2 bilhões de reais
 (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 10,7 bilhões de reais, acima da média diária do ano, de 7,2 bilhões de reais (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 17h55.

São Paulo - A <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/bovespa" target="_blank">Bovespa</a></strong> encerrou os negócios desta quarta-feira em alta, apesar da queda histórica das ações de companhias elétricas na sessão, um dia após o governo anunciar redução das tarifas de energia e antecipar a renovação de concessões do setor.</p>

O Ibovespa subiu 0,84 por cento, a 59.921 pontos, após ter chegado a avançar 1,2 por cento na máxima durante os negócios, acima dos 60 mil pontos. O giro financeiro do pregão foi de 10,7 bilhões de reais, acima da média diária do ano, de 7,2 bilhões de reais.

A sessão foi marcada pelo forte tombo das ações do setor elétrico, tradicionalmente vistas pelo mercado como papéis defensivos, mas que só nesta quarta-feira perderam cerca de 14,5 bilhões de reais em valor de mercado.

As mais castigadas foram Cesp, que derreteu 27,5 por cento, Cteep, que desabou 24 por cento, e Cemig, com baixa de 19,7 por cento. Foi a maior queda diária da história dos três papéis.

Já o índice que reúne as ações de elétricas na Bovespa, o IEE, teve queda de 8,17 por cento, na maior queda diária de fechamento em quase seis anos.


Investidores fugiram do setor depois que a presidente Dilma Rousseff anunciou na terça-feira que a tarifa de energia paga pelo consumidor cairá, em média, 20,2 por cento no início de 2013.

Isso será possível graças à redução ou extinção de encargos sobre a conta de energia e pela renovação antecipada e condicionada de concessões que venceriam a partir de 2015.

"Foi um dos piores pesadelos para o 'valuation' das ações do setor, já que o mercado atribuía chance muito pequena de tal resultado desfavorável para concessões", escreveram analistas do Credit Suisse em relatório nesta quarta-feira.

Entre as altas do Ibovespa, as ações ordinárias da B2W e as preferenciais da Usiminas lideraram os ganhos, com valorização de 9,19 por cento e 8,04 por cento, respectivamente.

Dentre as blue chips, a preferencial da Vale subiu 0,67 por cento, a 36,28 reais, e a da Petrobras teve alta de 1,24 por cento, a 21,99 reais. A ação ordinária da OGX avançou 2,01 por cento, a 6,61 reais.

Na cena externa, investidores acompanharam a decisão da Corte Constitucional da Alemanha, que deu sinal verde para o fundo de resgate da zona do euro.

Os mercados também seguiam na expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anuncie nova rodada de estímulo ao país na quinta-feira.

"Isso está dando um componente mais positivo para a bolsa e retirando um pouco da aversão ao risco dos mercados", avaliou o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, no Rio de Janeiro.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou com variação positiva de 0,07 por cento.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado