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Bovespa amplia queda com forte perda da Petrobras

Guido Mantega confirmou hoje que a regra para o reajuste dos combustíveis não pode ter impacto na inflação, o que ampliou as perdas dos papeis da estatal


	Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras: as ações da estatal recuam mais de 4% na PN e mais de 5% na ON
 (Bruno Domingos / Reuters)

Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras: as ações da estatal recuam mais de 4% na PN e mais de 5% na ON (Bruno Domingos / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 13h41.

São Paulo - A Bovespa acentuou as perdas no início da tarde desta terça-feira, 26, seguindo comportamento visto nos pregões internacionais e em reação às fortes perdas de Petrobras e Vale. As incertezas relacionadas à economia brasileira também pesam, como a indefinição do governo para o reajuste dos combustíveis e o julgamento pelo STF da correção da caderneta de poupança nos planos econômicos das décadas de 80 e 90.

Sobre esses assuntos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou hoje que a regra para o reajuste dos combustíveis não pode ter impacto na inflação. A declaração ampliou as perdas dos papeis da estatal de petróleo, que recuam mais de 4% na PN e mais de 5% na ON.

Ele disse ainda que o fiscal será "satisfatório" este ano, mas garantiu apenas a parcela do governo central, de R$ 73 bilhões. Por fim, afirmou que a decisão do STF não vai prejudicar o setor financeiro, nem abalar o crédito.

Já a Vale é influenciada pela proximidade do horário previsto (14h00) para ter início o processo em que a companhia discute a cobrança sobre lucros das subsidiárias no exterior, de aproximadamente R$ 30 bilhões, que será julgado hoje pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Lá fora, as bolsas de Nova York perderam força, com o S&P 500 e Nasdaq virando momentaneamente para o terreno negativo e com as bolsas europeias batendo mínimas, após a confiança do consumidor dos EUA cair em novembro, contrariando a previsão de alta. O índice de confiança medido pelo Conference Board caiu para 70,4 em novembro, de 71,2 em outubro e ante previsões de que iria para 73.

Já o dólar se mantém em baixa ante o euro e o iene, mas ganha terreno em relação às moedas ligadas a commodities, incluindo o real. Por volta das 13h25, o dólar no mercado à vista de balcão tinha valorização de 0,70%, a R$ 2,3000. Há pouco, o Banco Central informou que a taxa Ptax de hoje fechou a R$ 2,3040, com avanço de 0,74% em relação ao fechamento de segunda-feira, 25 (R$ 2,2871).

Os juros futuros permaneceram praticamente inertes na última hora, sem reação Às declarações de Mantega ou aos dados norte-americanos. A taxa para janeiro de 2015 estava em 10,91% às 13h36, de 10,89% no ajuste anterior.

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