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Bovespa abre perto da estabilidade de olho nos EUA

Investidores estão pressionados pela questão inflacionária local

Índice Bovespa registrou leve baixa de 0,07%, aos 67.097 pontos (Marcel Salim/EXAME.com)

Índice Bovespa registrou leve baixa de 0,07%, aos 67.097 pontos (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2011 às 10h42.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve continuar oscilando perto da estabilidade hoje, ainda refém da falta de disposição dos investidores estrangeiros. Apesar da expectativa dos mercados globais com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o viés positivo dos mercados no exterior pode favorecer a Bolsa brasileira ao longo do dia. Às 10h08 (horário de Brasília), no entanto, o índice Bovespa (Ibovespa) registrava leve baixa de 0,07%, aos 67.097 pontos.

Toda a atenção está voltada hoje para o banco central norte-americano. Às 15h30, o presidente da instituição, Ben Bernanke, concede uma entrevista coletiva, para tentar clarear o horizonte das ações do Fed no futuro próximo. Apesar de não serem esperadas quaisquer novidades práticas em relação à taxa básica de juros e ao programa de recompra de bônus, as perguntas a Bernanke devem se concentrar no momento da retirada dos estímulos à economia, bem como nas perspectivas para a elevação dos juros básicos.

Nos EUA, foi anunciado hoje que as encomendas de bens duráveis cresceram 2,5% em março, em linha com a previsão de alta de 2,4%. Este foi o terceiro aumento consecutivo nas encomendas, puxado pela maior demanda por equipamentos de transporte, computadores e produtos relacionados à Defesa.

No Brasil, os investidores seguem pressionados pela questão inflacionária local. Apesar da sintonia fina apresentada ontem nas declarações de ministros de Estado e da própria presidente da República, Dilma Rousseff, os operadores aguardam a divulgação da ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para amanhã.

Na avaliação do analista Eduardo Oliveira, da Um Investimentos, por conta desse cenário obscuro, a Bolsa perde fôlego frente aos demais mercados internacionais. Ele diz ainda que pouca coisa deve mudar no pregão de hoje, a menos que se altere o apetite dos estrangeiros em relação às ações de empresas brasileiras.

Nesse quesito, a temporada de balanços do primeiro trimestre deste ano ganha ritmo. O mercado se debruça sobre os números do Bradesco, que saíram antes da abertura do pregão, dando início à divulgação dos resultados financeiros dos bancos. Nos três primeiros meses de 2011, o Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 2,702 bilhões, 28% acima do registrado no mesmo período de 2010. O crescimento anual foi puxado pelas operações de crédito, principalmente para pessoas jurídicas, e pela área de seguros.

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