Mercados

Bovespa abre em queda sem força para engatar recuperação

No pregão de hoje, os investidores devem prolongar o vaivém do Ibovespa ao redor dos 59 mil pontos

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 10h37.

São Paulo - Não será em pleno dia de feriado nos Estados Unidos (Dia de Colombo) que a Bovespa irá sair do marasmo que marcou os negócios locais na primeira semana do mês. Diante de uma esperada liquidez mais enxuta e de uma agenda econômica fraca nesta segunda-feira, os investidores devem prolongar o vaivém do Ibovespa ao redor dos 59 mil pontos. Porém, o sinal negativo que prevalece no exterior nesta manhã pode afastar o índice à vista ainda mais desse patamar. Pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,65%, aos 58.189 pontos, na mínima.

Para o analista técnico da Ágora Invest, Daniel Marques, a tendência natural para a Bolsa é seguir indefinida. Ele lembra que qualquer tentativa de melhora ensaiada pela renda variável brasileira não se sustenta e, da mesma forma, uma piora da performance é mais limitada. "Isso ocorre porque a composição do Ibovespa está uma 'salada', com papéis ou muito bons ou muito ruins", explica, acrescentando que, as ações mais representativas, como Petrobras e Vale, não estão muito favoráveis.

No curtíssimo prazo, porém, o comportamento da Bolsa deve seguir aleatório, ainda mais em meio a uma semana encurtada pelo feriado nacional na sexta-feira. Vale destacar que nesta semana, sobretudo na quarta (10) e na quinta-feira (11), já devem ocorrer movimentações no mercado com vistas aos exercícios da semana que vem: de opções sobre ações na segunda-feira, e de índice futuro, na quarta-feira (10). Na noite desse mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) decide sobre a atualização da taxa básica de juros (Selic).

Nesta segunda-feira, porém, a agenda econômica é menos relevante no Brasil e está esvaziada nos EUA, por causa do feriado. Ainda assim, as Bolsas de Nova York operam normalmente nesta segunda-feira, ainda que com fôlego reduzido. No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,38%. Já na Europa, a semana começa novamente estressada por causa das crises de Espanha e Grécia, que devem ser intensamente discutida na reunião de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo), que acontece hoje. No horário acima, a Bolsa de Frankfurt cedia 1,28%.

No âmbito corporativo, a Amil anunciou pela manhã a associação com o UnitedHealth Group. A união das líderes no mercado brasileiro e norte-americano formará a maior e mais diversificada companhia na área de assistência médica em serviço na América. O grupo norte-americano adquirirá 85,5% no capital da empresa brasileira, que tem mais de 5 milhões de associados.

Segundo a Amil, o valor do negócio é de R$ 6,498 bilhões, equivalente a R$ 7,917426 por ação ordinária da JPL e R$ 30,75000 por ação ordinária de emissão da Amilpar, representando um valor de mercado para a Amilpar de R$ 11.022.713.818,50. Na sexta-feira (05), as ações da Amil (AMIL3) fecharam cotadas a R$ 25,30 na Bovespa.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Ambipar perde R$ 4 bi em valor de mercado após conseguir proteção na Justiça contra credores

Assaí (ASAI3) fecha entre as maiores baixas do Ibovespa após processar GPA

Ibovespa fecha abaixo dos 146 mil pontos com dúvida sobre próximos passos do Fed

Dólar fecha em alta, a R$ 5,36, após dados fortes sobre economia dos EUA