Ontem, a bolsa acelerou os ganhos após o anúncio do aumento da meta do superávit primário, com valorização acima de 3% (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2011 às 10h20.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda, perto da resistência do nível dos 55 mil pontos. Se a faixa for rompida, pode desfazer a tendência de baixa dos negócios locais. Mas o desafio é grande e depende não só de um sinal positivo vindo do exterior como também de um apetite maior dos investidores pelas ações brasileiras. Às 10h05, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,40%, aos 54.643 pontos.
Realista, o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, avalia que ainda não é o momento para a Bolsa deslanchar, apesar dos preços convidativos no mercado. "Tem muita coisa para acontecer, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos", diz, acrescentando que "não será somente o cenário doméstico que guiará uma melhora da Bolsa".
Para Galdi, o impulso dado ontem pelo governo brasileiro à renda variável, ao sinalizar maior esforço fiscal para permitir uma redução da taxa básica de juros, ainda precisa ser confirmado. "Mas é claro que juros em queda tem tudo a ver com Bolsa em alta", ressalta.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) começa hoje e, embora as 72 instituições financeiras consultadas pela Agência Estado sejam unânimes em afirmar que a Selic (taxa básica de juros) será mantida nos atuais 12,50%, o mercado futuro de juros chega à véspera do anúncio da decisão dividido entre manutenção e um corte de 0,25 ponto porcentual na Selic.
Ontem, a bolsa acelerou os ganhos após o anúncio do aumento da meta do superávit primário, com valorização acima de 3%, beliscando os 55 mil pontos na pontuação máxima do dia. Segundo análises gráficas, neste patamar o Ibovespa pode adquirir forte força compradora, o que abriria espaço para testar "tetos" importantes, ainda antes dos 60 mil pontos.