Mercados

Bovespa abre em queda e deve renovar mínima do ano

O número de postos de trabalho criados nos Estados Unidos mais fraco que o esperado em março pressiona a bolsa


	Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,84%, aos 54.191 pontos, na pontuação mínima do dia e durante uma sessão em 2013
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,84%, aos 54.191 pontos, na pontuação mínima do dia e durante uma sessão em 2013 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 10h42.

São Paulo - O número de postos de trabalho criados nos Estados Unidos mais fraco que o esperado em março, pressiona a Bovespa desde a abertura do pregão desta sexta-feira.

Dessa forma, os negócios locais estão sob a ameaça de perder um importante suporte, o que pode facilitar a queda rumo aos 52 mil pontos. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,84%, aos 54.191 pontos, na pontuação mínima do dia e durante uma sessão em 2013.

A economia norte-americana abriu 88 mil vagas de emprego no mês passado, abaixo da previsão de +200 mil postos e ante a criação de 268 mil vagas (dado revisado) em fevereiro.

Mesmo assim, a taxa de desemprego caiu para 7,6%, contrariando a previsão de estabilidade em 7,7% e atingindo o menor nível desde dezembro de 2008.

Em reação ao dado, os índices futuros das Bolsas de Nova York ampliaram as perdas e, às 10h05, o contrato do S&P 500 para junho recuava 1,32%.

Apesar de a má notícia sobre a economia norte-americana reforçar a perspectiva de manutenção dos estímulos econômicos por parte do Federal Reserve, a decepção com os recentes dados sobre a maior economia do mundo levanta dúvidas sobre o ritmo de expansão nos EUA.

Já na Europa, a informação de que as vendas no varejo da zona do euro caíram em fevereiro, ainda que pouco menos que o esperado, reforça a sensação de adiamento da recuperação econômica do bloco ainda esperada para este ano. Por outro lado, as encomendas à indústria alemã subiram mais que o esperado.


As principais bolsas europeias exibem perdas aceleradas, em torno de 2%, com os negócios pressionados também pelas ações do setor aéreo.

As empresas são influenciadas pelas notícias sobre mortes causadas pela gripe aviária na China, que estão gerando receios de redução da demanda por viagens no curto prazo. Também às 9h45, a Bolsa de Frankfurt cedia 2,00%.

Para um operador, o dia para a Bovespa já está dado, diante da agenda econômica mais fraca nesta sexta-feira, que traz apenas a divulgação do crédito ao consumidor norte-americano, às 16 horas.

"A Bolsa deve acompanhar as perdas no exterior e há ainda algum resquício do mau humor de ontem." Ele refere-se à queda de 1,65%, aos 54.648,20 pontos, na sessão de quinta-feira, impactada pelo tombo das ações de OGX que, de quebra, atingiu os bancos.

Citando uma análise gráfica, o operador lembra que o próximo suporte seria nos 52,2 mil pontos.

"A Bolsa dá sinais de que vai buscar esse patamar. Hoje não, talvez na segunda ou na terça-feira, com possíveis repiques no caminho", completa, lembrado que para alcançar esse fundo seria preciso cair 4,5% apenas nesta sexta-feira. "Não é para tanto", conclui.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"