Mercados

Bovespa abre em leve alta, mas aguarda dados dos EUA

As notícias econômicas do dia são animadoras, mas a agenda de indicadores a serem conhecidos nos Estados Unidos ainda reveste os mercados financeiros de certa cautela


	Bovespa: às 10 horas, o Ibovespa subia 0,24%, aos 59.907,15 pontos, na máxima
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Bovespa: às 10 horas, o Ibovespa subia 0,24%, aos 59.907,15 pontos, na máxima (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - As notícias econômicas do dia são animadoras, mas a agenda de indicadores a serem conhecidos nos Estados Unidos ainda reveste os mercados financeiros de certa cautela e contém o ímpeto da Bovespa na abertura. Mesmo assim, os números favoráveis vindos da China e da zona do euro sustentam um viés positivo para o dia.

Os negócios locais monitoram ainda o desempenho das blue chips petrolíferas e da Vale. Às 10 horas, o Ibovespa subia 0,24%, aos 59.907,15 pontos, na máxima.

No exterior, dados sobre a atividade chinesa e sobre o desempenho da economia entre os 17 países europeus que compartilham a moeda única animam os investidores. Às 9h40, a Bolsa de Londres subia 0,46% e a de Frankfurt crescia 0,29%.

Nesta manhã, foi informado que a atividade industrial na zona do euro continuou em terreno negativo, mas contraiu-se no ritmo mais lento em 11 meses, elevando as esperanças de um ponto de virada da economia da região.

Além disso, a taxa de desemprego na zona do euro ficou inalterada em dezembro, contrariando a previsão de alta, ao passo que a inflação na região subiu e, mesmo assim, alcançou a mais baixa taxa desde novembro de 2010.

Mas a rodada de boas notícias já havia começado na virada do dia. Dois indicadores de atividade manufatureira da China revelaram resultados destoantes, mas mostraram que o setor seguiu no campo de expansão em janeiro, ajudado por novas encomendas. Porém, divergiram sobre o ímpeto da recuperação da segunda maior economia do mundo, iniciada no quarto trimestre de 2012.


O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de atividade manufatureira caiu de 50,6 em dezembro para 50,4 em janeiro, contrariando a expectativa de alta para 51,0. Já o PMI medido pelo HSBC subiu para uma leitura final de 52,3 em janeiro, de 51,5 em dezembro, no nível mais alto em dois anos. Esses números devem sustentar em alta as ações da Vale no pregão de hoje da Bolsa.

Pouco antes da abertura do pregão local, a mineradora informou que a produção de minério de ferro atingiu o maior nível para o quarto trimestre, totalizando 85,5 milhões de toneladas. No acumulado de todo ano passado, a produção da commodity alcançou 320 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 0,8% ante 2011.

Mas o dia promete intensa variação entre os mercados financeiros, com as atenções voltadas aos números norte-americanos de geração de emprego, atividade industrial e confiança do consumidor. Às 9h40, o futuro do S&P 500 subia 0,27%.

Na agenda do dia, às 11h30, saem os números de postos de trabalho criados nos Estados Unidos em janeiro, juntamente com a taxa de desemprego. Às 12 horas, saem os índices ISM e Markit sobre a atividade industrial nacional. Às 12h55, é a vez da leitura final de janeiro do índice de sentimento ao consumidor, medido pela Universidade de Michigan. Na sequência, às 13 horas, será divulgado o investimento no setor de construção civil em dezembro.

Para a equipe de analistas da Lerosa Investimentos, "a correlação dos negócios locais com o que vai acontecer no exterior hoje pode ser mais acentuada". Ainda assim, preveem os profissionais, a abertura da Bolsa deve ser de estabilidade, com ligeiro viés negativo, em função da preocupação com inflação interna e da frágil retomada da atividade industrial.

Nesta sexta-feira o IBGE informou que a produção da indústria acumulou queda de 2,7% em 2012.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap