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Bovespa abre em baixa sob influência do exterior

A agenda dos EUA não prevê a divulgação de nenhum indicador hoje, mas o clima é de cautela antes da reunião de política monetária do Federal Reserve

Na manhã de hoje, o contrato futuro do petróleo WTI era negociado abaixo de US$ 100 o barril em Nova York, diante das apreensões de uma menor demanda pela commodity (Germano Luders / EXAME/EXAME.com)

Na manhã de hoje, o contrato futuro do petróleo WTI era negociado abaixo de US$ 100 o barril em Nova York, diante das apreensões de uma menor demanda pela commodity (Germano Luders / EXAME/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 10h48.

São Paulo - A volatilidade deve ser a única certeza para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta semana, que já traz como novidade a alteração no horário do pregão regular. As dúvidas sobre a crise política no mundo árabe e a tragédia no Japão devem retardar ainda mais uma recuperação dos negócios no Brasil, deixando a Bolsa em um intervalo entre 65 mil e 68 mil pontos. A ausência de dados econômicos relevantes para o dia até pode abrir espaço para uma busca por pechinchas, mas o sinal negativo no exterior não dá trégua. Às 10h16 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,78%, aos 66.164 pontos.

"As incertezas no Oriente Médio (e no Norte da África) permanecem e o terremoto no Japão piora a situação, tirando a força das commodities, o que não é bom para a Bolsa", avalia o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Na manhã de hoje, o contrato futuro do petróleo WTI era negociado abaixo de US$ 100 o barril em Nova York, diante das apreensões de uma menor demanda pela commodity. Já a Bolsa de Tóquio recuou 6,2%, a maior queda porcentual desde dezembro de 2008. O dia marcou a primeira oportunidade dos investidores de reação ao terremoto que assolou o país na semana passada.

O analista da UM Investimentos, Eduardo Oliveira, diz que os investidores preferem jogar na defensiva e realizar posições, pelo menos por enquanto. Mas Galdi, da SLW, lembra que o dia reserva poucas novidades, o que pode abrir oportunidades para compra de ações baratas. "São as pechinchas que têm feito a Bolsa andar um pouco, ou pelo menos não cair muito", afirma. De qualquer forma, ele lembra que é grande a expectativa dos agentes para o anúncio de novas medidas pelo governo Dilma Rousseff em relação ao câmbio, a fim de ajudar a controlar a inflação.

A agenda dos EUA não prevê a divulgação de nenhum indicador hoje, mas o clima é de cautela antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed o banco central norte-americano), marcada para amanhã. Vale lembrar que os EUA entraram ontem no horário de verão e os relógios do país foram adiantados em uma hora. Com isso, o pregão em Wall Street passa a operar das 10h30 às 17 horas (horário de Brasília). No Brasil, as ações voltam a ser negociadas na Bovespa das 10 às 17 horas.

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