A bolsa abre a semana sob a influência do vencimento de opções sobre ações nesta segunda-feira, na metade do dia (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2011 às 10h27.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa. Às 11h05 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,87%, aos 54.549 pontos.
Após a alta acumulada de 7,39% na semana passada, a bolsa abre a semana sob a influência do vencimento de opções sobre ações nesta segunda-feira, na metade do dia. A disputa entre comprados e vendidos, já vista na sexta-feira, continua trazendo volatilidade para o pregão, pelo menos até o período da tarde. Já as declarações da premiê alemã, Angela Merkel, na manhã de hoje, trazem um viés de baixa para as bolsas internacionais, o que também reflete no Ibovespa na abertura.
Os ganhos das bolsas europeias no início do dia estavam ligados às notícias, do fim de semana, de que os ministros de Finanças do G-20 prometeram garantir que os bancos terão acesso suficiente a financiamentos. Eles também disseram que um plano abrangente para solucionar a crise da zona do euro será anunciado na cúpula da União Europeia marcada para 23 de outubro.
Porém, o ímpeto de alta foi reduzido por declarações vindas da Alemanha. A chanceler Angela Merkel afirmou que "considera o sonho de resolver todos os problemas na cúpula da União Europeia" impossível, segundo um porta-voz da autoridade. Merkel fará um discurso ao Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento alemão, nesta semana para falar sobre questões políticas europeias antes da cúpula. O porta-voz disse que provavelmente o discurso será feito na sexta-feira, mas a decisão final sobre a data ainda não foi tomada.
"As bolsas lá fora perderam um pouco de força em razão do comentário da Merkel, de que não há solução para todos os problemas. E na reunião do G-20, nada se resolveu", afirma o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Segundo ele, porém, a Bovespa segue apontando para uma tendência de recuperação ao longo da semana, na esteira dos anúncios na Europa. "Pelo menos você está vendo uma movimentação por lá, para ajudar quem está em dificuldade", disse.