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Bovespa abre em baixa à espera de dados dos EUA

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve seguir acompanhando o humor externo hoje. Além da crise das dívidas na Europa e da preocupação com a condução da política monetária na China, os mercados internacionais amanheceram tensos com um novo conflito armado entre a Coreia do Sul e […]

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 10h10.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve seguir acompanhando o humor externo hoje. Além da crise das dívidas na Europa e da preocupação com a condução da política monetária na China, os mercados internacionais amanheceram tensos com um novo conflito armado entre a Coreia do Sul e a do Norte, o que desencadeou uma onda de aversão ao risco. Mas a agenda econômica dos Estados Unidos é intensa e tem força para aguçar ou atenuar o sentimento dos investidores. Às 11h09 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 1,41%, aos 68.649 pontos.

A tensão geopolítica entre as vizinhas Coreias ganhou nova escala hoje, após notícias darem conta de que vários mísseis lançados pela Coreia do Norte atingiram uma ilha sul-coreana, no lado do Mar Amarelo, causando ferimentos em pelo menos quatro soldados. Seul contra-atacou Pyongyang e elevou o alerta para o nível mais alto desde o fim da Guerra das Coreias, na década de 1950. Tal evento acirrou os ânimos dos mercados, que já estavam à flor da pele diante das preocupações com o mais novo protagonista da crise fiscal europeia, a Irlanda, e dos renovados receios de medidas mais agressivas em Pequim para controlar a inflação e esfriar o crescimento econômico do gigante emergente.

Em reação, as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam pressionados, assim como as commodities, enquanto o dólar sobe. "Se pararmos para pensar, tudo continua a mesma coisa e os mercados seguem reféns dos mesmos vetores. Só as Coreias que vira e mexe resolvem se 'engraçar' entre elas", comenta o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

Nesse sentido, o especialista lembra que a agenda econômica de hoje nos EUA é intensa. Entre os destaques estão a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no terceiro trimestre deste ano, as vendas de imóveis usados no país em outubro e a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

"Um PIB melhor por lá pode melhorar o humor dos negócios e qualquer progresso no setor imobiliário norte-americano já é um alento", avalia Galdi. Para ele, se os dados não ajudarem, como não há boas notícias no exterior a onda de vendas deve se intensificar. "Se ajudarem, pode haver uma ligeira recuperação", diz.

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