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Bovespa abre em alta após sinal positivo dos EUA

Informação de acordo entre congressistas americanos trouxe alívio para os negócios da bolsa brasileira

No Brasil, a Bovespa divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, válida para o período de setembro a dezembro deste ano (Marcel Salim/EXAME.com)

No Brasil, a Bovespa divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, válida para o período de setembro a dezembro deste ano (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 10h55.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, após a sinalização de que os congressistas republicanos e democratas dos Estados Unidos chegaram a um acordo sobre o teto da dívida no país. A informação levou alívio aos negócios mundo afora. No entanto, a proposta ainda precisa ser votada, o que deixa os investidores relutantes, sobretudo diante dos sinais frágeis da atividade econômica global. Às 10h11, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,97%, aos 59.393 pontos.

Os líderes do Congresso dos EUA chegaram a um acordo na noite de ontem para a elevação do limite de endividamento do governo federal. O acordo deverá ser votado hoje pelo restante dos congressistas.

Na opinião do economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante, os congressistas "não são loucos" em não aprovar a proposta, de elevar o teto da dívida em US$ 2,4 trilhões em dois estágios e um corte de gastos de cerca de US$ 2,7 trilhões ao longo de 10 anos. Para ele, a Bolsa "em algum momento" vai ser de alta. Ainda assim, ele diz ser pouco provável que o Ibovespa anule as perdas acumuladas desde o início do ano, mas tem chances de fechar 2011 com queda mais moderada. "Seria uma ligeira recuperação."

Amarante lembra que, como os mercados financeiros se antecipam aos fatos, os sinais de um possível acordo trazem alívio aos negócios, embora permaneçam os receios de um eventual rebaixamento do rating (classificação de risco) norte-americano. Além disso, as principais economias do mundo emitem sinais cada vez mais claros de desaceleração.

A atividade industrial da China continuou a se desacelerar em julho, com o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) oficial caindo para 50,7 no mês passado, de 50,9 em junho, no quarto declínio mensal consecutivo. O índice oficial indicou também que a inflação deve ter chegado ao pico em julho. Já o PMI do HSBC baixou para 49,3, de 50,1, no mesmo período, com a atividade ficando na linha que indica contração pela primeira vez desde julho de 2010.

Na zona do euro, a atividade seguiu em pausa e o desemprego ficou estável. O índice PMI do setor manufatureiro na região cedeu a 50,4 em julho, de 52,0 em junho, no nível mais baixo desde setembro de 2009. Apesar de uma atividade fabril mais fraca, a taxa de desemprego seguiu estável em 9,9% em junho, pelo quarto mês seguido.

Ainda na agenda econômica do dia, o índice ISM de atividade industrial nos EUA em julho é o destaque da agenda econômica. O dado será divulgado às 11 horas (horário de Brasília), quando também serão anunciados os investimentos em construção em junho.

No Brasil, a Bolsa divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, válida para o período de setembro a dezembro deste ano, e que traz como novidade a inclusão das ações ON de BrMalls. A prévia também exclui duas ações, Portx ON e Vivo PN, o que reduziria o número de papéis listados no índice à vista dos atuais 69 para 68, caso a prévia seja confirmada. Além disso, as ações PNA da Petrobras ultrapassaram as PNA da Vale e passariam a ser o papel de maior peso no Ibovespa.

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