Mercados

Bolsas sobem na Europa com PIB chinês e alívio com GES

O PIB da China puxou especialmente o setor de mineração na Bolsa de Londres. Com isso, o FTSE-100 subiu 1,11% e terminou a 6.784,67 pontos.


	Portugal Telecom e a brasileira Oi se disseram comprometidas com o processo de fusão
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Portugal Telecom e a brasileira Oi se disseram comprometidas com o processo de fusão (Mario Proenca/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 15h45.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, 16, impulsionadas pelo otimismo com o crescimento da economia chinesa no segundo trimestre e pelo alívio dos investidores sobre os desdobramentos da crise no Grupo Espírito Santo (GES). O índice Stoxx 600 subiu 1,34% e encerrou a 342,97 pontos.

A Portugal Telecom confirmou que a Rioforte, que integra o conglomerado Espírito Santo, não pagou os 847 milhões de euros que deve à empresa de telecomunicações, mas indicou que há um período de carência de sete dias úteis para concluir o pagamento.

Além disso, Portugal Telecom e a brasileira Oi se disseram comprometidas com o processo de fusão e assinaram um memorando de entendimento para fixar as bases de um plano de permuta, no qual a companhia portuguesa venderá ações, com opção de recompra, para receber os títulos de dívida não pagos da Rioforte. Os papéis da Portugal Telecom avançaram 3,28%.

As ações do Banco Espírito Santo (BES) subiram 19,74%, impulsionadas por declarações do presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, de que investidores estão prontos para injetar mais capital no banco, se for necessário.

Com isso, o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, ganhou 3,07% e terminou aos 6.299,50 pontos. A Bolsa de Madri, que também havia sido pressionada pelos problemas no GES, acompanhou a valorização. O Ibex 35 subiu 1,84%, para 10.668,40 pontos.

O dado de Produto Interno Bruto (PIB) da China também deu suporte aos mercados europeus. A economia chinesa cresceu 7,5% no segundo trimestre deste ano, ante igual período do ano passado, um avanço frente ao crescimento de 7,4% registrado entre janeiro e março.

O número interrompeu uma série de dois trimestres consecutivos de desaceleração e sinalizou uma estabilização econômica chinesa. A alta superou ligeiramente a mediana das previsões de analistas, que esperavam ganho de 7,4%.

O PIB da China puxou especialmente o setor de mineração na Bolsa de Londres. Com isso, o FTSE-100 subiu 1,11% e terminou a 6.784,67 pontos.

A Rio Tinto se valorizou 2,77%, auxiliada também pela produção recorde de minério de ferro no primeiro semestre fiscal, com a expansão em minas no Outback Australiano. A BHP Billinton subiu 2,11%.

Paris e Frankfurt também avançaram com o bom desempenho da economia chinesa e a amenização das preocupações com o Grupo Espírito Santo.

O CAC avançou 1,48%, para 4.369,06 pontos. Entre as ações que se destacaram, estão Credit Agricole (+4,79%) e Société Générale (+3,01%).

A Alstom subiu 2,20% depois de um analista ter elevado a recomendação para o papel. O DAX se valorizou 1,44%, para 9.859,27 pontos. O balanço positivo da Intel impulsionou as ações da Infineon, que terminaram o dia com alta de 4,00%.

Na Itália, o FTSE Mib, da Bolsa de Milão, avançou 3,17%, a 21.069,97 pontos, na máxima, puxada pela notícia de que a Gtech concordou em comprar a empresa norte-americana International Gaming Technology por US$ 4,7 bilhões.

A Gtech terminou em alta de 4,07%. A Telecom Italia avançou 7,51% por rumores de consolidação no setor de telecomunicações da Itália. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:3GAlstomÁsiaBancosBrasil TelecomCACChinaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas francesasEmpresas portuguesasFrankfurtFTSEFusões e AquisiçõesIndicadores econômicosMercado financeiroOiOperadoras de celularPIBPortugal TelecomServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Mercados

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA