Mercados

Bolsas sobem em NY à espera de mais estímulos no Japão

Índices Dow Jones e S&P 500 fecharam o pregão em novo recorde


	Bolsa de NY: Dow Jones subiu 0,23% e fechou a 17.687,82 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,51%, para 2.051,80 pontos
 (REUTERS/Lucas Jackson)

Bolsa de NY: Dow Jones subiu 0,23% e fechou a 17.687,82 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,51%, para 2.051,80 pontos (REUTERS/Lucas Jackson)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 19h46.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 18, com os índices Dow Jones e S&P 500 em novo recorde, impulsionadas pela perspectiva de mais liquidez no Japão e na zona do euro.

O Dow Jones subiu 40,07 pontos (0,23%) e fechou a 17.687,82 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 10,48 pontos (0,51%), para 2.051,80 pontos. O Nasdaq ganhou 31,44 pontos (0,67%), para 4.702,44 pontos.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou que vai dissolver a Câmara Baixa do Parlamento no fim desta semana e realizar eleições antecipadas em dezembro para avaliar a opinião dos eleitores sobre sua decisão de adiar o planejado aumento no imposto sobre vendas de 2015 para 2017.

Abe também informou que seu governo está preparando um orçamento suplementar para estimular a economia japonesa e, segundo relatos da imprensa internacional, o valor do pacote pode ficar entre 2 trilhões de ienes e 3 trilhões de ienes.

Na Europa, continuaram repercutindo hoje as declarações feitas ontem pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que reiterou que a instituição pode ampliar a acomodação monetária se for necessário.

Além disso, as bolsas europeias foram beneficiadas pela alta no índice de ZEW de expectativas econômicas da Alemanha, que no país subiu para 11,5 em novembro, bem mais que a alta para 0,9 esperada por analistas.

"As pessoas acham que a política monetária acomodatícia ao redor do mundo é positiva para as ações norte-americanas", comentou Michael O'Rourke, estrategista da corretora JonesTrading.

"Os EUA ainda são o mercado mais atrativo e as pessoas ainda querem investir lá", afirmou.

Outro fator de sustentação para Nova York foi o índice de confiança das construtoras norte-americanas medido pela Associação Nacional dos Construtores de Moradias (NAHB), que subiu para 58 em novembro, acima da previsão de 55.

Além disso, o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA aumentou 0,2% em outubro ante setembro, contrariando a previsão de queda de 0,1%.

Balanços corporativos também ajudam a explicar o avanço das bolsas nas últimas sessões.

Após quase todas as empresas integrantes do índice S&P 500 divulgarem seus resultados, o lucro geral no terceiro trimestre deste ano foi melhor do que o esperado, com alta de 8,1% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A estimativa dos analistas era de que os lucros cresceriam 4,5%.

Entre as empresas que publicaram balanço hoje, Home Depot, fechou em queda de 2,09% depois de informar resultados melhores que o esperado, mas alertar que os custos deverão pesar sobre os resultados futuros.

Urban Outfitters anunciou queda de 33% no lucro trimestral, um resultado pior que o previsto, e encerrou a sessão com baixa de 6,62%.

Acompanhe tudo sobre:Dow JonesMercado financeiroNasdaqwall-street

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"