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Bolsas sobem com BCE, mas Grécia segue impondo cautela

Bolsas de valores e commodities se valorizavam, depois que o BCE surpreendeu os mercados ao reduzir a taxa básica de juros

O noticiário sobre Atenas seguia repercutindo entre investidores, com o aumento da pressão para que o premiê do país, George Papandreou, renuncie (Ralph Orlowski/Reuters)

O noticiário sobre Atenas seguia repercutindo entre investidores, com o aumento da pressão para que o premiê do país, George Papandreou, renuncie (Ralph Orlowski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2011 às 13h04.

São Paulo - A Europa seguia no centro do noticiário internacional nesta quinta-feira, com o corte de juros pelo banco central do continente levando algum alento a investidores, que monitoravam ainda o caos político na Grécia.

Bolsas de valores e commodities se valorizavam, depois que o Banco Central Europeu (BCE) surpreendeu os mercados ao reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 1,25 por cento ao ano, contrariando expectativas de manutenção.

Em entrevista coletiva, o novo presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou que a inflação na zona do euro deve cair abaixo de 2 por cento no ano que vem e a economia deve crescer menos que o esperado.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) demonstrou apoio integral à decisão do BCE, informando ainda que sua ajuda à Grécia continuará assim que os termos exigidos forem cumpridos.

O noticiário sobre Atenas seguia repercutindo entre investidores, com o aumento da pressão para que o premiê do país, George Papandreou, renuncie depois de a autoridade propor um referendo sobre a ajuda da União Europeia (UE) ao país, que reforçou temores de que a Grécia declare moratória e provoque uma crise mais grave que extrapole a Europa.

Mas um ministro que participou de uma reunião de gabinete nesta quinta-feira disse que Papandreou não tem planos para renunciar.

Dados divulgados nos Estados Unidos não ajudaram a diminuir a apreensão de investidores. O crescimento do vasto setor de serviços do país desacelerou modestamente em outubro, para o menor ritmo em três meses, com declínio nas novas encomendas.

Da pauta doméstica, destaque para números mostrando fluxo negativo no Brasil em outubro até dia 28, enquanto o índice de commodities do Banco Central (IC-Br) registrou queda de 3,29 por cento no mês passado.

O mercado também acompanhou a divulgação do balanço trimestral do Banco do Brasil . A maior instituição financeira do país reportou mais cedo que teve lucro líquido de 2,89 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de cerca de 11 por cento sobre um ano antes e acima das expectativas de analistas.

Mas o lucro recorrente foi de 2,57 bilhões de reais e ficou aquém do esperado pelo mercado. Os juros futuros tinham um dia de variações modestas, após o feriado da véspera.


Veja a variação dos principais mercados às 13h30 desta quinta-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,7310 real, em queda de 0,49 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subia 1,13 por cento, para 57.973 pontos.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros tinha oscilação negativa de 0,01 por cento, a 31.088 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2012 apontava 11,09 por cento ao ano, ante 11,098 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3765 dólar, ante 1,3748 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL - 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 132,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,869 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil recuava 10 pontos, para 215 pontos-básicos.

O EMBI+ cedia 14 pontos, a 351 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones subia 1,13 por cento, a 11.969 pontos; o S&P 500 <.SPX> avançava 1,04 por cento, a 1.250 pontos, e o Nasdaq tinha alta de 1,25 por cento, a 2.673 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo 1,61 dólar, a 94,15 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,0452 por cento ante 1,989 por cento no fechamento anterior.

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