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Bolsas mudiais sobem com alívio após Obama anunciar acordo

A Casa Branca disse que o acordo que aumenta o limite da dívida dos atuais US$ 14,3 trilhões implicaria um corte de cerca de US$ 2,4 trilhões do déficit em 10 anos

"Eu quero instar os membros dos dois partidos a fazer a coisa certa e apoiar este acordo com seus votos nos próximos poucos dias", afirmou Obama (Getty Images)

"Eu quero instar os membros dos dois partidos a fazer a coisa certa e apoiar este acordo com seus votos nos próximos poucos dias", afirmou Obama (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 15h50.

São Paulo - Dados sobre a atividade manufatureira conhecidos nesta segunda-feira apontaram estagnação na Europa e China, mas não chegavam a minar os mercados financeiros globais, que reagem ao acordo para elevar o teto da dívida norte-americana, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no domingo à noite.

"Há ainda alguns assuntos muito importantes para serem considerados pelo membros do Congresso", disse Obama a repórteres na Casa Branca. "Mas eu quero dizer que líderes dos dois partidos nas duas Casas chegaram a um acordo que irá reduzir o déficit e evitar o default --um default que poderia ter um efeito devastador na nossa economia." O texto deve ser votado hoje pelos parlamentares, com expectativa de que passe no Senado, mas encontre alguma oposição na Câmara dos Deputados.

A Casa Branca e os líderes congressistas disseram que o acordo que aumenta o limite da dívida dos atuais US$ 14,3 trilhões implicaria num corte de cerca de US$ 2,4 trilhões do déficit do país nos próximos 10 anos. "Eu quero instar os membros dos dois partidos a fazer a coisa certa e apoiar este acordo com seus votos nos próximos poucos dias", afirmou Obama.

Da safra de dados sobre atividade manufatureira, o índice dos gerentes de compras (PMI) da China apurado pela Federação de Logística e Compras da China (CFLP, na sigla em inglês) passou para 50,7 em julho, mantendo-se na mínima em 28 meses, ante 50,9 em junho. Projeções apontavam 50,1. O índice PMI chinês apurado pelo HSBC sobre a atividade manufatureira do país ficou em 49,3 em julho, primeira queda abaixo de 50 em um ano, ante 51,6 em junho.

A leitura preliminar de julho do índice Markit sobre a atividade manufatureira da zona do euro foi confirmada em 50,4 na apuração final, o que representa uma desaceleração no ritmo de crescimento do setor ante os 52 registrados em junho. O número foi o menor desde setembro de 2009.

A expansão do setor manufatureiro alemão apurada pelo índice Markit desacelerou em julho para o menor ritmo desde outubro de 2009, com a divulgação final do indicador ficando em 52 ante leitura preliminar de 52,1 e dos 54,6 registrados em junho.

Às 7h30, o índice MSCI para ações globais subia 0,69 por cento e para emergentes, 1,31 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão ganhava 1,66 por cento. Em Tóquio, o Nikkei avançou 1,34 por cento. O índice da bolsa de Xangai aumentou 0,08 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 registrava alta de 0,67 por cento e o futuro do norte-americano S&P-500 apresentava acréscimo de 1,32 por cento -- 17 pontos.

Entre as moedas, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, perdia 0,38 por cento. O euro era cotado a 1,4437 dólar, ante 1,3495 dólar na sexta-feira. Em relação à moeda japonesa, o dólar era negociado a 77,28 ienes, ante 76,73 ienes na última sessão.

Nesse contexto, o petróleo apreciava-se 1,22 por cento, a 96,87 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

No Brasil, a safra de balanços traz os resultados de Klabin e Duratex antes da abertura das operações locais. Também merecem alguma atenção eventuais declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante almoço com empresários na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, às 12h30.

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