Índice Nikkei liderou as altas na região
Repórter colaborador
Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 08h13.
Última atualização em 26 de dezembro de 2024 às 08h14.
As principais bolsas na Ásia subiram nesta quinta-feira, 26, depois do anúncio no início da semana que Nissan e Honda já começaram as tratativas para uma fusão, o que criaria a terceira maior empresa automobilística do mundo.
Com novos players entrando forte no mercado de carros elétricos, como Tesla e marcas chinesas como BYD e GWM, montadoras mais tradicionais estão tendo dificuldade para se adaptar a essa nova realidade. Por isso a união de forças pode ser uma saída para tentar ganhar tempo nessa complexa operação.
Honda e Nissan, respectivamente a segunda e terceira maiores montadoras do Japão, se uniriam a um número crescente de gigantes automotivos tradicionais, como General Motors e Volkswagen, que estão fortalecendo alianças para compartilhar os altos custos de desenvolvimento de veículos de nova geração.
Também marcaria a maior transformação na indústria automotiva global desde a fusão da Fiat Chrysler Automobiles com a PSA em 2021, que resultou na criação da Stellantis, em um acordo de US$ 52 bilhões.
Isso porque, se o negócio for fechado, a empresa combinada será a terceira maior montadora do mundo em número de vendas: Nissan vende cerca de 3 milhões de veículos anualmente e a Honda, 4 milhões, num faturamento combinado que chegaria a US$ 191 bilhões.
O índice Nikkei no Japão também foi apoiado por relatos de que o governo japonês prepara um orçamento recorde para o próximo ano fiscal. Seriam US$ 735 bilhões para bancar mais custos de seguridade social, defesa, estímulo econômico e novo financiamento da dívida - o Japão tem uma relação dívida/PIB de 107.7%, a pior do mundo desenvolvido.
Na China, os ganhos no mercado acionário foram mais modestos depois que Pequim reiterou suas promessas de ampliar medidas para estimular o crescimento em 2025.
Veja como ficaram os principais índices dos mercados asiáticos.