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Bolsas globais: Tóquio puxa alta na Ásia após rali de tecnologia em Wall Street

Mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 4, com exceção de China e Hong Kong

Tóquio: o índice japonês Nikkei 225 fechou com alta de 1,53% nesta quinta-feira, 4 (Keith Tsuji/Getty Images)

Tóquio: o índice japonês Nikkei 225 fechou com alta de 1,53% nesta quinta-feira, 4 (Keith Tsuji/Getty Images)

Publicado em 4 de setembro de 2025 às 06h29.

As bolsas globais amanheceram sem direção única nesta quinta-feira, 4, em um ambiente de cautela marcado por expectativas em torno de dados de emprego nos Estados Unidos e pelo impacto da decisão judicial que considerou ilegais a maior parte das tarifas comerciais impostas pelo governo Trump.

Enquanto os rendimentos de títulos de longo prazo seguem pressionados em várias economias, investidores avaliam sinais mistos: o rali das big techs em Wall Street trouxe algum alívio, mas a persistência de incertezas econômicas e políticas mantém o apetite por risco contido.

Mercados da Ásia

Os mercados da Ásia e do Pacífico tiveram desempenho misto nesta quinta-feira, 4, em meio ao rali do setor de tecnologia em Wall Street na véspera e à pressão persistente de sinais de fragilidade econômica global. O movimento refletiu tanto ganhos expressivos em Tóquio, Sydney e Seul quanto quedas relevantes em Xangai e Hong Kong.

No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,53%, puxado por ações de tecnologia. O SoftBank Group avançou mais de 6%, enquanto a fabricante de cabos Fujikura ganhou 6,04% e a fornecedora da Nvidia, Advantest, avançou 4,63%. O Topix, mais amplo, teve alta de 1,03%.

O pregão, porém, também foi marcado por forte queda da fabricante de motores Nidec, de Quioto, que chegou a despencar 22,44% após anunciar investigação sobre supostas irregularidades contábeis.

Já na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 1% após dados do Bureau of Statistics mostrarem que o gasto das famílias em julho cresceu 0,5% em relação a junho, quando havia subido 0,3%. No comparativo anual, a alta foi de 5,1%, o maior ritmo desde novembro de 2023, com destaque para setores de saúde, transporte e serviços diversos.

Na Coreia do Sul, o Kospi encerrou com alta de 0,52% e o índice de pequenas empresas Kosdaq subiu 1,08%, acompanhando o impulso do setor tecnológico.

Na China, por outro lado, o CSI 300 recuou 2,12% em sessão volátil, enquanto o Hang Seng caiu 1,12% após apagar ganhos anteriores.

Bolsas da Europa

As bolsas europeias operavam sem direção única por volta das 6h desta quinta-feira, 4, em meio às incertezas sobre o futuro das tarifas comerciais dos Estados Unidos. O índice europeu Stoxx 600 subia 0,34%, com ganhos espalhados entre setores, enquanto o CAC 40 de Paris recuava 0,25%. Já o DAX de Frankfurt avançava 0,35% e o FTSE 100 de Londres tinha alta mais contida, de 0,05%.

O setor de viagens continuava entre os destaques negativos, puxado pela Jet2, que revisou para baixo sua projeção de lucro. A aérea britânica informou que espera resultados na faixa mínima do guidance para o ano, citando reservas mais fracas e visibilidade reduzida para a temporada de inverno. As ações chegaram a cair mais de 14% nas primeiras horas do pregão.

Além disso, papéis do setor farmacêutico também pressionavam os índices, com destaque para a Sanofi, que recuava após analistas do JPMorgan classificarem como decepcionantes os resultados de um estudo sobre novo tratamento para dermatite.

Futuros de Wall Street

Nos Estados Unidos, os contratos futuros operavam com variações moderadas nesta manhã, refletindo a cautela dos investidores antes da divulgação de dados importantes do mercado de trabalho. Por volta das 6h, o futuro do Dow Jones recuava 0,04%, enquanto o do S&P 500 avançava 0,15% e o do Nasdaq 100 subia 0,22%.

O foco de curto prazo segue nos indicadores de emprego: ainda nesta quinta-feira, será divulgado o relatório de vagas do setor privado da ADP, além dos pedidos semanais de auxílio-desemprego. Ambos antecedem o payroll de sexta-feira, considerado crucial para calibrar expectativas sobre a trajetória da política monetária americana.

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