Invest

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Levantamento mostrou que as bolsas americanas ficaram entre as últimas colocadas

Trump assume, bolsas reagem: veja o ranking global nos primeiros seis meses de 2025 (iStock/Abril Branded Content)

Trump assume, bolsas reagem: veja o ranking global nos primeiros seis meses de 2025 (iStock/Abril Branded Content)

Publicado em 18 de julho de 2025 às 18h01.

Os seis primeiros meses do novo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos foram acompanhados de perto por investidores ao redor do mundo. Um levantamento da consultoria Elos Ayta mostrou que os principais índices acionários dos EUA tiveram desempenho inferior ao de outras bolsas globais.

Entre os mercados analisados, os EUA ficaram nas últimas posições levando em consideração o período de 20 de janeiro a 17 de julho de 2025. O índice Nasdaq teve alta de 6,39%, o S&P 500 subiu 5,01% e o Dow Jones avançou 2,29%. Apenas o S&P Merval, da Argentina, teve desempenho inferior, com queda de 32,77% em dólares.

Como o dia da posse do republicano coincidiu com um feriado nos Estados Unidos, a análise considerou como referência o fechamento do último pregão antes da cerimônia, em 17 de janeiro. A partir dessa data, o estudo avaliou 21 índices de diferentes países, considerando a rentabilidade em dólares.

Melhores índices no ranking

O índice Msci Colcap, da Colômbia, liderou o ranking com valorização de 34,93% em dólares. Em seguida aparecem o Ibex 35, da Espanha, com alta de 32,16%, e o PSI 20, de Portugal, com 31,83%. O DAX, da Alemanha, também superou os 30%, encerrando o grupo das bolsas com maiores ganhos no período analisado.

O bom desempenho dessas bolsas foi impulsionado, em parte, pela desvalorização do dólar frente às moedas locais. O estudo da Elos Ayta exemplificou que, com a queda de 7,87% do dólar Ptax frente ao real, o Ibovespa, que subiu 10,35% em reais, apresentou valorização de 19,77% em dólares.

Reação dos mercados americanos foi mais contida

Segundo a consultoria, outro fator que explica a diferença no desempenho é a reação mais contida dos mercados americanos às medidas econômicas adotadas ou sinalizadas pelo governo Trump. As incertezas em relação aos juros e à política fiscal geraram cautela entre os investidores, limitando os ganhos dos principais índices.

No caso da Argentina, a queda do S&P Merval foi intensificada pela desvalorização do peso, que perdeu mais de 20% frente ao dólar no período, sendo o único índice do levantamento com desempenho negativo.

Diante disso, para a consultoria, o desempenho do primeiro semestre de 2025 indica que, apesar da relevância de Wall Street, mercados da América Latina e da Europa apresentaram avanços mais expressivos.

Acompanhe tudo sobre:Donald Trumpbolsas-de-valoresMercado financeiro

Mais de Invest

Cogna (COGN3) anuncia compra da Faculdade de Medicina de Dourados por R$ 54,4 milhões

Taurus confirma transferência de parte da produção para os EUA com influência de tarifas

Petrobras (PETR4) tomba na bolsa após dividendo abaixo do esperado e retorno ao gás de cozinha

Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras (PETR4)