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Bolsas fecham com sinais opostos em Nova York após Yellen

Negócios foram influenciados pelo pronunciamento da presidente do Fed ao Comitê Bancário do Senado


	Bolsa de Nova York: índice Dow Jones avançou 0,03% (5,26 pontos), aos 17.060 pontos
 (.REUTERS/Lucas Jackson)

Bolsa de Nova York: índice Dow Jones avançou 0,03% (5,26 pontos), aos 17.060 pontos (.REUTERS/Lucas Jackson)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h40.

São Paulo - As bolsas de Nova York fecharam apresentando sinais opostos, com os negócios influenciados pelo pronunciamento da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, ao Comitê Bancário do Senado e pelo relatório divulgado nesta terça-feira, 15, pela autoridade monetária americana, que alertou para uma possível sobrevalorização dos papéis de tecnologia.

O índice Dow Jones avançou 0,03% (5,26 pontos), aos 17.060 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,19% (3,82 pontos), para 1.973 pontos, e o índice Nasdaq caiu 0,54% (24,03 pontos), para 4.416 pontos.

Durante o pregão, o Dow Jones oscilou entre pequenas altas e baixas, enquanto o Nasdaq chegou a cair mais de 1%.

Segundo o documento do Fed, as estimativas para as ações de pequenas empresas, de companhias de mídia social e biotecnologia "parecem estar esticadas", com a relação entre preço e lucro em patamar acima da média histórica.

Yellen afirmou que o Fed não está preocupado com bolha de ativos no mercado financeiro, mas ressaltou que em alguns mercados, como o de certos tipos de dívida corporativa, as estimativas "parecem estar esticadas".

"Estamos monitorando de perto a evolução no mercado de crédito alavancado e trabalhando para melhorar a eficácia da nossa supervisão", disse.

O alerta do Fed ofuscou a avaliação de parte dos analistas de que a autoridade monetária não terá pressa para aumentar a taxa de juros nos Estados Unidos.

Em seu depoimento, Yellen afirmou que a economia americana tem dado sinais mistos e preferiu não fazer previsões sobre quando os juros irão subir.

"É preciso ter certeza que a economia está em uma trajetória sólida antes de considerar subir os juros", disse, acrescentando que, tendo em vista as tendências econômicas, uma política monetária acomodatícia continua sendo adequada.

As operações ainda foram influenciadas pela divulgação dos resultados do Goldman Sachs e do JPMorgan. Ambas as instituições financeiras apresentaram ganhos superiores ao esperado pelo mercado.

O lucro do Goldman Sachs Group subiu para US$ 2,04 bilhões no segundo trimestre de 2014, em comparação com um ganho de US$ 1,93 bilhão no mesmo período do ano passado.

Já o JPMorgan registrou um lucro de US$ 5,98 bilhões no segundo trimestre, inferior aos US$ 6,49 bilhões contabilizados no mesmo período do ano passado, mas acima das expectativas dos analistas.

As ações do Goldman Sachs subiram 1,3% e as do JPMorgan avançaram 3,5%.

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