No começo do dia as preocupações pareciam ter diminuído, mas as ações voltaram a baixar (Daniel Roland/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2011 às 10h07.
Londres - As bolsas europeias, que começaram o dia se recuperando das perdas de ontem, recuam depois de oscilarem fortemente na manhã de hoje. Ainda existem preocupações com a crise de dívida da zona do euro e isso tem prejudicado especialmente as ações dos bancos. Em nota a clientes, o Capital Spreads afirmou que a volatilidade permanece bem acima dos níveis médios.
Os papéis do banco Société Générale são destaque de baixa, estendendo o desempenho fraco de ontem provocado por rumores de que teria problemas financeiros e por especulações sobre um rebaixamento da nota de crédito da França. No começo do dia as preocupações pareciam ter diminuído, depois de o banco negar os rumores, mas, às 8h55 (de Brasília), as ações voltavam a cair 7,66% em Paris.
Os bancos italianos também estão entre os mais pressionados, com Intesa Sanpaolo em queda de 4,33% e UniCredit perdendo 4,45% em Milão. Operadores atribuem os declínios aos receios sobre as notícias de que a Itália pretende adotar fortes cortes no orçamento em 2012 e 2013.
Além disso, o uso da linha de empréstimos overnight do Banco Central Europeu (BCE) subiu para o maior nível em três meses ontem, em meio às renovadas preocupações com a exposição do setor bancário europeu à dívida da Grécia e a uma desaceleração da economia global. Na Espanha - outro país no foco das preocupações - os bancos também apresentam fortes quedas. No horário citado, Santander cedia 3,25% em Madri.
Às 9h02, Londres caía 0,49% - abaixo dos 5.000 pontos -, Paris perdia 2,55%, Milão recuava 2,29% e Madri tinha baixa de 1,54%. O mesmo movimento de perda dos ganhos iniciais foi visto na cotação do euro diante do dólar. Depois de começar o dia em alta, no horário citado, o euro caía para US$ 1,4152, de US$ 1,4175 no fim da tarde de ontem. O petróleo também perdeu o impulso inicial e o contrato do WTI para setembro recuava 1,28% na Nymex, para US$ 81,83 por barril. As informações são da Dow Jones.