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Bolsas europeias seguem NY e fecham sessão em alta

Nos minutos finais, bolsas viraram e fecharam em leve alta após Wall Street mostrar recuperação com bons dados do varejo e de estoques das empresas dos EUA


	Bolsa de Paris: mesmo sem notícias impactantes o suficiente para pressionar mercados, bolsas europeias tiveram manhã de influência vendedora
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Bolsa de Paris: mesmo sem notícias impactantes o suficiente para pressionar mercados, bolsas europeias tiveram manhã de influência vendedora (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 15h31.

São Paulo - Os principais mercados de ações da Europa tiveram uma sessão de extremos nesta terça-feira, 14. Durante a manhã, os índices operavam em terreno negativo, seguindo a tendência de queda das bolsas de Nova York nesta segunda-feira, 13.

Contudo, nos minutos finais dos negócios, as bolsas viraram e fecharam em leve alta após Wall Street mostrar uma recuperação com os bons dados do varejo e também dos estoques das empresas dos Estados Unidos.

Além disso, o presidente da França, François Hollande, anunciou um plano de corte de gastos para o país nos próximos três anos. O índice Stoxx Euro 600 fechou em alta de 0,2%, aos 331,23 pontos.

Mesmo sem notícias impactantes o suficiente para pressionar os mercados, as bolsas europeias tiveram uma manhã de influência vendedora. Alinhado com o movimento de ontem em Wall Street, houve um aumento de aversão ao risco ainda em função dos números decepcionantes no mercado de trabalho norte-americano.

Os investidores também analisavam a possibilidade de permanência na redução dos estímulos monetários dos EUA e a avaliação de que muitos ativos estão caros.

Antes da abertura das bolsas de Nova York, dois indicadores positivos deram sinais de que os mercados abririam em alta hoje. As vendas no varejo cresceram 0,2%, acima da previsão dos analistas que era de expansão de 0,1%. Sem automóveis, a alta foi de 0,7%. A avaliação é de que o comércio segue a tendência de recuperação em função do aumento da renda e do mercado de trabalho aquecido.

Já os estoques das empresas também superaram as expectativa e subiram 0,4%, ante previsão de 0,3%. Os resultados fizeram os índices de NY acelerarem os ganhos e, por consequência, influenciaram na recuperação das bolsas europeias no fim da sessão que observaram uma redução nas incertezas sobre a economia norte-americana.

"Se nós analisarmos as vendas no varejo com resultados melhores do que o esperado, eu acho que isso influenciou os mercados positivamente", disse Peter Dixon, estrategista do Commerzbank em Londres.

Outra influência positiva dos Estados Unidos foram os resultados do quarto trimestre de duas instituições financeiras. JP Morgan, o maior banco em ativo dos EUA, e o Wells Fargo, o quarto maior, divulgaram seus balanços nesta terça pela manhã. Ambos tiveram lucro acima do previsto pelo mercado.


O JP teve lucro de US$ 5,3 bilhões, queda de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Wells Fargo relatou expansão de 10% nos ganhos, para US$ 5,6 bilhões.

Da Europa, o dia também foi de resultados positivos nos indicadores. A produção industrial da zona do euro subiu 1,8% em novembro ante outubro e avançou 3% na comparação anual.

O resultado mensal foi o melhor desde maio de 2010 e o anual, desde agosto de 2011. O resultado sugere que a economia do bloco cresceu no último trimestre de 2013.

Na Itália, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 0,2% em dezembro ante novembro e avançou 0,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em linha com as expectativas. Já no Reino Unido, a taxa anual de inflação em dezembro caiu para o nível mais baixo em quatro anos, a 2,0%.

Na França, o presidente François Hollande anunciou um plano para cortar 50 bilhões de euros (US$ 68 bilhões) em gastos públicos durante os anos entre 2015 e 2017. É uma tentativa do governo para tentar melhorar as finanças públicas francesas. O anúncio foi feito durante a apresentação de um amplo plano político e, segundo Hollande, os cortes serão equivalentes a 4% dos gastos públicos gerais.

As diretrizes tiveram forte influência na Bolsa de Paris, que fechou na máxima da sessão, em alta de 0,26%, aos 4.274,20 pontos. No mercado corporativo, a Alstom teve alta de 5,3% nos papéis depois de afirmar que o grupo espera receber propostas para a compra da sua unidade de permutador de calor.

Gemalto e Safran também fecharam em alta de 5,3% e 1,8, respectivamente, ambas as ações influencias por comentários positivos de analistas.

Em Frankfurt, o índice DAX também fechou na máxima do pregão, subindo 0,32%, aos 9.540,51 pontos. O destaque foi as ações da RWE, que ganharam 5% depois de uma corte de Leipzig decidir que a companhia tem direito a indenização pelo fechamento forçado das suas usinas nucleares em Fukushima, no Japão. Os papéis da Daimler também ajudaram a sustentar os ganhos no DAX, com alta de 1,2% após uma corte da Califórnia afirmar não ter competência para analisar as acusações de abusos de direitos humanos na unidade da Argentina.

O índice FTSEMIB, de Milão, avançou 0,17% aos 19.730,38 pontos. As ações do Banca Monte dei Paschi tiveram uma das melhores performances de hoje e fecharam em alta de 2,6% na expectativa da reunião do conselho para a aprovação dos planos de reestruturação do banco.

Na Espanha, a Bolsa de Madri encerrou na máxima da sessão, com ganhos de 0,16%, aos 10.382 pontos. As ações da REC subiram 1% seguindo a repercussão da perspectiva positiva do BNP Paribas para os papéis da companhia. No terreno negativo, o Banco Popular perdeu 4,4% com o rebaixamento de compra do Societé Generale.

Após a inflação de dezembro no Reino Unido, a Bolsa de Londres teve leve alta de 0,14%, aos 6.766,86 pontos. O destaque da sessão foi as ações da British Sky Broadcasting Group, que subiram 3,8% após o UBS elevar a projeção de compra para neutra.

Em Lisboa, o índice PSI20 foi em direção contrária aos demais mercados e encerrou em queda de 1,09%, aos 7.065,15 pontos.

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