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Bolsas europeias recuam antes de testes de estresse

Além dos 8 bancos que falharam nos testes, outros 16 passaram por muito pouco

Índice que mais caiu durante a semana na Europa foi o CAC 40, uma baixa de 4,78% (Ralph Orlowski/Getty Images)

Índice que mais caiu durante a semana na Europa foi o CAC 40, uma baixa de 4,78% (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 15h20.

Londres - Os índices acionários da Europa fecharam em queda na sua maioria, afetados pela relutância dos investidores de assumir posições pesadas antes dos resultados dos testes de estresse dos bancos europeus, divulgados logo após o fechamento dos mercados, e após a notícia de que autoridades europeias realizarão uma reunião de emergência na próxima semana para avaliar a crise na Grécia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,77 ponto, ou 0,3%, aos 266,91 pontos. Na semana, o índice acumulou baixa de 2,5%.

Oito bancos foram reprovados nos testes com um déficit de capital combinado de 2,5 bilhões de euros. Segundo a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), os bancos que não passaram são: Banco Pastor, Unnim, CAM, Grup Caja 3 e Catalunya Caixa (todos da Espanha), EFG Eurobank e ATE Bank (da Grécia), e Volksbank (da Áustria). O banco de poupança alemã Helaba já tinha anunciado que tinha sido reprovado no exame.

A EBA afirmou que outros 16 bancos passaram por uma margem estreita nos testes, que examinaram a capacidade das 90 instituições de crédito da Europa para suportar a deterioração da economia e choques no sistema financeiro.

A saúde da economia dos EUA também esteve no centro das atenções hoje, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciar na ontem à noite que colocou o rating AAA dos EUA em observação, dizendo que há 50% de probabilidade de que ele seja rebaixado nos próximos três meses. A decisão da S&P ocorreu um dia depois de a Moddy's anunciar medida similar.

O índice de sentimento do consumidor Reuters/Universidade de Michigan preliminar de julho caiu para 63,8, do nível de 71,5 em junho.


O índice CAC-40 de Paris caiu 24,64 pontos, ou 0,66%, para 3.726,59 pontos. Na semana, o índice encerrou com queda de 4,78%. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 3,29 pontos, ou 0,06%, para 5.843,66 pontos, e acumulou declínio de 2,45% na semana. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX subiu 5,38 pontos, ou 0,07%, para 7.220,12 pontos e encerrou a semana com queda de 2,47%.

Entre os piores desempenhos da sessão da Europa, estavam os das ações do Temenos Group, que recuaram 20% na Bolsa de Zurique, após o fornecedor de software bancário reduzir sua perspectiva para as licenças no ano cheio.

Os papéis do setor financeiro também recuaram antes da divulgação dos testes de estresse: Natixis (-3%), Crédit Agricole (-3,1%), Commerzbank (-3%), Deutsche Bank (-1,5%), ING Group (-2,4%).

As ações do Credit Suisse cederam 1,5%, após o banco afirmar que é alvo de uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre serviços de banco privado oferecidos a americanos.

Os mercados de países periféricos registraram perdas mais acentuadas que os das principais economias, devido ao aumento dos temores sobre um contágio da crise da dívida soberana para a Itália e a Espanha.

O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, caiu 189,90 pontos, ou 1,02%, para 18.450,45 pontos, conduzido pela queda de 1,5% das ações do banco Intesa Sanpaolo. O índice encerrou a semana com declínio de 3,15%.

Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 recuou 114,40 pontos, ou 1,19%, para 9.484,20 pontos, e acumulou queda de 4,57% na semana. As ações do banco BBVA cederam 1,6%.

Em Lisboa, o índice PSI 20 teve queda de 28,38 pontos, ou 0,42%, para 6.732,63 pontos. Na semana, o índice acumulou baixa de 5,85%. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 11,31 pontos, ou 0,95%, para 1.176,88 pontos, e acumulou queda de 5,93% na semana. As informações são da Dow Jones.

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