Mercados

Bolsas europeias fecham sem direção única

O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o dia com alta moderada de 0,16%, a 334,31 pontos


	Bolsa de Paris: na França, pregão também foi pressionado pela derrota do partido governista nas eleições municipais encerradas ontem
 (Jean-Claude Coutausse/Bloomberg)

Bolsa de Paris: na França, pregão também foi pressionado pela derrota do partido governista nas eleições municipais encerradas ontem (Jean-Claude Coutausse/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 13h56.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 31, com as três principais delas virando para baixo cerca de meia hora antes do encerramento dos negócios, apesar de novos dados de inflação fraca da zona do euro terem reforçado expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) será obrigado a tomar novas medidas de estímulos para afastar o perigo de deflação.

O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o dia com alta moderada de 0,16%, a 334,31 pontos.

Dados preliminares da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostraram no começo da manhã que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da área do euro subiu 0,5% em março ante igual mês do ano passado, após avançar 0,7% em fevereiro.

O resultado não apenas permaneceu bem abaixo da meta de inflação do BCE, que é de uma taxa ligeiramente abaixo de 2%, como também foi o menor desde novembro de 2009.

O CPI da zona do euro alimentou especulações de que o BCE pode relaxar ainda mais sua política monetária, talvez já na reunião prevista para esta quinta-feira, 3 de abril. Na semana passada, várias autoridades do BCE se disseram a favor de novas ações, até mesmo da introdução de uma taxa negativa para depósitos bancários, em caso de necessidade.

No final da sessão, porém, os mercados acionários de Londres, Frankfurt e Paris migraram para território negativo, em meio à ponderação de alguns analistas de que o indicador de inflação de hoje é preliminar, o que pode levar o BCE a preferir aguardar outros números da economia europeia antes de tomar medidas adicionais.


Além disso, a questão da Ucrânia e a situação da China ainda inspiram cautela na Europa. No domingo, 30, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, se reuniram em Paris para discutir a crise no Leste Europeu.

No encontro, Lavrov propôs a federalização da Ucrânia. Em relação à China, há expectativa para dados de atividade industrial, que saem hoje à noite e podem confirmar a desaceleração do gigante asiático. Nas últimas semanas, o fraco desempenho econômico da economia chinesa gerou expectativas de que o PBoC (BC da China) também adote medidas de estímulo.

Em Londres, a queda do índice FTSE 100 foi de 0,26%, a 6.598,37 pontos. Em Frankfurt e Paris, as perdas do DAX e do CAC 40 foram de 0,33% e 0,45%, com o primeiro fechando a 9.555,91 pontos e o segundo, a 4.391,50 pontos.

Na França, o pregão também foi pressionado pela derrota do partido governista nas eleições municipais encerradas ontem, que levou à renúncia do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, anunciada após o fechamento dos negócios na Europa.

Por outro lado, a sessão foi de ganhos para outras bolsas europeias. O índice IBEX 35, de Madri, teve alta modesta de 0,11%, a 10.340,50 pontos, enquanto o FTSE Mib, de Milão, avançou 0,90%, a 21.691,92 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,43%, a 7.607,55 pontos.

No trimestre que se encerra hoje, o Stoxx 600 garantiu ganhos de 1,84%. No mesmo período, Milão saltou 41,56%, Lisboa e Madri avançaram 30,67% e 30,56%, respectivamente, Frankfurt subiu 22,59%, Paris teve alta de 17,69% e Londres mostrou valorização mais modesta, de 2,91%. Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria