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Bolsas europeias fecham sem direção única

Os ganhos em algumas das bolsas foram sustentados por indicadores positivos de países da região


	Bolsa de Frankfurt: o índice DAX, de Frankfurt, cedeu 0,91%, aos 9265,50 pontos
 (Getty Images)

Bolsa de Frankfurt: o índice DAX, de Frankfurt, cedeu 0,91%, aos 9265,50 pontos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 15h44.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em direções divergentes nesta segunda-feira, 10, em meio a preocupações sobre uma possível desaceleração na economia da China e sobre as tensões na crise geopolítica na Ucrânia.

Por outro lado, os ganhos em algumas das bolsas foram sustentados por indicadores positivos de países da região. O índice Stoxx Europe 600 caiu 0,54% e fechou aos 331,27 pontos.

A semana começou com alguns números positivos na Europa. Em janeiro, a produção industrial da Itália registrou crescimento de 1% na comparação com dezembro de 2013.

O ritmo é mais que o dobro do esperado pelos analistas, que previam expansão na atividade manufatureira de 0,4%. Na comparação com janeiro de 2013, o ritmo das fábricas foi 1,4% maior, também acima das estimativas do mercado, que falava em uma alta de 1,1%.

Demais países da região, porém, trouxeram dados não tão otimistas. Na França, foi registrada a segunda contração seguida da atividade industrial e a produção caiu 0,2% em janeiro na comparação com dezembro de 2013. Analistas apostavam em estabilidade do indicador.

Na Espanha, após a recuperação recente, a atividade estacionou no início do ano e janeiro registrou produção estável na comparação com dezembro do ano passado.

O índice CAC 40, de Paris, fechou em alta de 0,10%, aos 4370,84 pontos. Em Milão, o índice FTSE-Mib encerrou com ganho de 0,58%, aos 20753,36 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 avançou 0,30%, aos 10194,60 pontos. Já em Portugal, o índice PSI20, de Lisboa, subiu 1,24%, para 7567,99 pontos.

Em reação aos dados, as bolsas europeias passaram grande parte da manhã em alta, mas uma parcela dos ganhos foi revertida após a abertura em queda dos mercados de ações em Nova York. O sentimento negativo em Wall Street foi influenciado por indicadores comerciais da China e pelas tensões na Ucrânia.

Segundo dados divulgados no fim de semana, a China registrou saldo comercial negativo de US$ 22,98 bilhões em fevereiro. Analistas previam saldo positivo de US$ 11,9 bilhões.

A principal razão da piora dos números foram as exportações, que caíram 18,1% na comparação com igual mês do ano anterior. Economistas apostavam em expansão de 5% nas exportações. Com informações da Dow Jones.

Os números ruins da balança comercial chinesa pressionaram preços de commodities nesta segunda-feira. Entre os itens mais pressionados, estão o minério de ferro e o aço. Com isso, ações de mineradoras e siderúrgicas sofrem na Ásia e Europa no início desta semana.

Alguns analistas, porém, afirmaram que o resultado aquém do esperado das exportações chinesas seria explicado por fatores meramente sazonais. A principal razão seria o Ano Novo Chinês, que foi comemorado entre os dias 30 de janeiro e 6 de fevereiro.

O feriado prolongado teria antecipado grande volume de exportações para janeiro - o que explica o bom resultado do primeiro mês do ano e o saldo ruim em fevereiro. Analistas, porém, não explicam porque esse fenômeno também não foi visto nas importações.

Em Londres, o índice FTSE fechou em baixa de 0,35%, aos 6689,45 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, cedeu 0,91%, aos 9265,50 pontos.

Além disso, outro ponto de cautela veio da Ucrânia. No fim de semana, a Casa Branca começou a enviar caças e soldados para a vizinha Polônia, ao mesmo tempo em que Kiev sinalizou que pretende assinar um acordo com a União Europeia (UE), mostrando que pode se distanciar da Rússia e se aproximar do Ocidente.

Já o primeiro-ministro interino ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, anunciou que vai viajar aos EUA nesta semana para discutir a crise na Crimeia com o presidente Barack Obama.

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