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Bolsas europeias fecham em queda com Iraque e Ucrânia

O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 encerrou em baixa de 0,45%, aos 345,52 pontos


	Bolsa de Paris: o CAC-40 encerrou com baixa de 0,73%, influenciado por recuos no setor bancário
 (Forestier/Getty Images)

Bolsa de Paris: o CAC-40 encerrou com baixa de 0,73%, influenciado por recuos no setor bancário (Forestier/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 15h17.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, pressionadas por uma aversão ao risco entre os investidores diante da escalada de violência no Iraque e preocupações com as tensões na Ucrânia.

O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 encerrou em baixa de 0,45%, aos 345,52 pontos.

O fim de semana foi agitado no Iraque. Insurgentes sunitas alegam ter executado centenas de soldados iraquianos xiitas à medida que avançaram na ocupação de áreas no norte do país.

Os EUA enviaram um avião cargueiro para o Golfo Pérsico enquanto a Casa Branca estuda a possibilidade de se envolver militarmente no conflito.

Embora existam temores de que os insurgentes avancem para a capital, Bagdá, a violência no Iraque continua distante do sul, onde ficam as principais áreas produtoras de petróleo do país.

A questão da Ucrânia também contribuiu para a aversão ao risco. Kiev não quitou a dívida pendente de US$ 1,95 bilhão pelo gás natural comprado dos russos nem chegou a um acordo sobre o preço futuro do produto.

Diante disso, a Rússia interrompeu o envio de gás à Ucrânia e decidiu que, de agora em diante, só fornecerá o produto mediante pagamento prévio.

Na frente militar, separatistas pró-russos abateram um avião militar ucraniano no sábado, matando dezenas de pessoas.

Com isso, o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, encerrou com baixa de 0,73%, aos 4510,05 pontos, influenciado por recuos no setor bancário.

Entre os fatores que acentuaram as perdas, o membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny alertou que os testes de stress para os bancos da região podem ser "rígidos demais", levando a uma queda de 2,22% nos papéis do Credit Agricole.

As ações do BNP Paribas, por outro lado, ganharam 0,16% após o ministro francês de Finanças, Michel Sapin, afirmar que o governo teve progresso em convencer autoridades dos EUA a amenizar a punição contra o banco.

O índice FTSE Mib, de Milão, fechou em baixa de 0,86%, aos 21976,26 pontos. Entre os destaques, as ações do Banca Monte dei Paschi di Siena avançaram 21% na segunda semana de emissão de papéis com direito de voto.

Os papéis da Telecom Italia perderam 4,20%, depois que o Intesa Sanpaolo e o Mediobanca se juntaram ao Assicurazioni Generali nesta segunda-feira ao exercer o direito de sair da holding que controla a Telecom Itália.

Em Londres, as ações tomaram uma pressão adicional diante das especulações sobre um aperto antecipado na política monetária do Banco da Inglaterra (BoE).

Na semana passada, o presidente da instituição, Mark Carney, disse que uma elevação de juros pode ocorrer antes do esperado pelo mercado.

As falas também desencadearam preocupações de que o Federal Reserve poderá seguir o mesmo caminho e sinalizar em breve uma elevação de juros, aumentando a cautela em investidores de todo o mundo.

Com isso, o índice FTSE 100 perdeu 0,34%, aos 6754,64 pontos.

O índice DAX, de Frankfurt, cedeu 0,29%, aos 9883,98 pontos, com atenção voltada para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, cuja decisão deve ser divulgada nesta quarta-feira.

O índice PSI-20, de Lisboa, recuou 0,61%, para 7194,60 pontos, e o índice IBEX-35, de Madri, fechou em baixa de 0,95%, aos 11008,20 pontos. Com informações da Dow Jones.

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