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Bolsas europeias fecham em queda antes de ata do Fed

Em Londres, o índice FTSE perdeu 0,25% e encerrou a sessão a 6.681,08 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões de ganhos


	Operadores da Bolsa de Paris: índice CAC-40 recuou 0,09% e fechou a 4.268,37 pontos
 (Jean-Claude Coutausse/Bloomberg)

Operadores da Bolsa de Paris: índice CAC-40 recuou 0,09% e fechou a 4.268,37 pontos (Jean-Claude Coutausse/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2013 às 15h02.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira, 20. O índice Europe Stoxx 600, porém, encerrou com alta de 0,11%, aos 322,91 pontos. A cautela antes da ata do Federal Reserve predominou durante toda a sessão. A ata do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também pressionou as bolsas. A instituição indicou que a taxa de juros não vai subir mesmo que o desemprego atinja a meta de 7% no Reino Unido. Os índices, porém, ensaiaram uma recuperação após a divulgação de dados dos EUA e o relato de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria considerando cortar levemente a taxa de depósito.

Fontes disseram que o BCE considera cortar levemente a taxa de depósito se a economia da zona do euro precisar de mais estímulos. As autoridades da instituição consideram reduzir a taxa para bancos comerciais que mantêm reservas no BCE para -0,1%, de zero atualmente, segundo as fontes. Essa seria a primeira vez em que o banco central ajustaria taxas de juros em menos de 0,25 ponto porcentual. As fontes disseram, porém, que o conceito ainda está sendo discutido pelo Conselho da instituição e que não há consenso.

O relato levou as bolsas europeias para mais perto da estabilidade. Elas já ensaiavam uma recuperação após o relatório das vendas no varejo dos EUA em outubro ter vindo melhor que o esperado. A força das vendas de automóveis contribuiu para o resultado geral de vendas no varejo dos EUA no mês passado. O setor varejista americano registrou alta de 0,4% nas vendas em outubro ante setembro, acima da previsão de aumento de 0,1%. Excluindo-se automóveis, as vendas do varejo cresceram 0,2% em outubro ante o mês anterior, pouco mais que a projeção dos analistas de alta de 0,1%.

Mais cedo, a ata do BOE revelou que a taxa básica de juro poderá permanecer no mesmo patamar mesmo depois que a taxa de desemprego atingir a meta de 7%. No entanto, houve muita cautela no documento do BoE em assumir que a taxa de juros não aumentará quando o limite for superado. A minuta mostrou que há incertezas sobre como a oferta seria afetada com uma alta na demanda e que "também há riscos em torno dos salários e do nível de preços".

Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt foi o único a subir, ganhando 0,10% e fechou a 9.202,07 pontos. A HeidelbergCement (+1,2%) e a Bayer (+0,7%) foram destaques de alta. A ThyssenKrupp, por outro lado, caiu 1,6% após ter alcançado um acordo judicial para dar fim a um processo por cartel.

Em Londres, o índice FTSE perdeu 0,25% e encerrou a sessão a 6.681,08 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões de ganhos. Os destaques negativos foram Rexam (-1,7%) e Weir Group (-1%).

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,09% e fechou a 4.268,37 pontos. As ações da Alcatel-Lucent caíram 3,5% após a empresa ter anunciado um aumento de capital.

Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, teve queda de 0,94%, fechando a 6.294,59 pontos. O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, caiu 0,21%, fechando a 18.728,25 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 teve perdeu 0,73% e fechou a 9.559,50 pontos.

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