Mercados

Bolsas europeias fecham em direções divergentes

Investidores buscaram se posicionar diante de tensões por queda de avião malaio e ofensiva de Israel à Gaza e também reagiam ao noticiário corporativo positivo


	Londres, Paris e Milão contabilizando ganhos, enquanto Frankfurt, Madri e Portugal tiveram perdas
 (Ralph Orlowski/Bloomberg)

Londres, Paris e Milão contabilizando ganhos, enquanto Frankfurt, Madri e Portugal tiveram perdas (Ralph Orlowski/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 16h33.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em sentidos opostos nesta sexta-feira, 18, com Londres, Paris e Milão contabilizando ganhos, enquanto Frankfurt, Madri e Portugal tiveram perdas. 

Os investidores buscaram ajustar posições diante das tensões desencadeadas ontem pela queda do avião da Malaysia Airlines e pela ofensiva terrestre de Israel à Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que reagiam ao noticiário corporativo. O índice Stoxx Europe 600, que reúne as 600 principais empresas europeias, fechou com leve queda, de 0,02%, aos 339,66 pontos.

As suspeitas de que o avião da Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil na fronteira da Ucrânia com a Rússia e o temor de escalada da violência no Leste Europeu mantiveram os investidores alemães cautelosos, contribuindo para a queda de 0,35% no índice DAX, da bolsa de Frankfurt, que fechou aos 9.720,02 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 0,56%.

As ações da Allianz, principal resseguradora da Malaysia Airlines, caíram hoje 0,19%. A maior perda, entretanto, foi registrada pela Heidelberg Cement, que terminou com desvalorização de 2,42%, após o Morgan Stanley reduzir suas perspectivas para a empresa.

As tensões geopolíticas se somaram às incertezas derivadas da nova onda de sanções dos Estados Unidos à Rússia, anunciadas na quarta-feira. Em Moscou, o índice Micex caiu 1,26%, para 1.422,53 pontos, o menor nível desde 28 de maio.

Apesar das pressões negativas, o FTSE-100 da bolsa de Londres, encontrou força para fechar em leve elevação, de 0,17%, aos 6.749,45 pontos. A valorização semanal foi de 0,89%.

As ações da irlandesa Shire foram o destaque desta sessão, ao subirem 3,95%, impulsionadas pelo anúncio de compra da empresa pela farmacêutica norte-americana AbbVie, por US$ 54 bilhões.

As notícias corporativas também deram suporte à alta de 0,44% do CAC-40, da bolsa de Paris, que fechou aos 4.335,31 pontos, na máxima do dia, e com alta de 0,44% na semana.

A Alcatel-Lucent encerrou o pregão com elevação de 4,04%, enquanto a Accor subiu 1,57%, com os resultados do segundo semestre superando as expectativas dos analistas.

Em Milão, o FTSE-MIB teve um dia de forte volatilidade, fechando com valorização de 0,65%, aos 20.737,12 pontos, na máxima. Na semana, o índice subiu 0,59%. As ações da Salvatore Ferragamo dispararam 5,22% hoje, depois que o BNP Paribas elevou sua avaliação para os papéis.

Já em Portugal, o PSI-20 da bolsa de Lisboa recuou 0,80%, para 6.199,85 pontos, influenciado pelas ações da Portugal Telecom, que chegaram a cair mais de 4% e fecharam com queda de 1,76%, diante da notícia de que os acionistas minoritários recorreram à Justiça para obter mais informações do acordo da companhia com a Oi.

Os papéis do Banco Espírito Santo, por sua vez, retomaram fôlego e subiram 0,24% neste pregão. Na semana, o PSI 20 acumulou ganhos de 0,93%.

Em Madri, o IBEX-35 encerrou com queda de 0,15% no dia, aos 10.527,00 pontos, e de 0,11% na semana.

Acompanhe tudo sobre:AllianzBancosDAXEmpresasEmpresas alemãsEmpresas portuguesasFTSEMalaysia AirlinesMercado financeirosetor-de-seguros

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol