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Bolsas europeias divergem à espera do Banco Central Europeu

Setor de telecomunicações pesou sobre as bolsas de Paris e de Lisboa, com mais uma queda acentuada nos papéis da Portugal Telecom


	Bolsas: índice pan-europeu Stoxx Europe 600 encerrou o dia com ganho de 0,23%
 (Daniel Roland/AFP)

Bolsas: índice pan-europeu Stoxx Europe 600 encerrou o dia com ganho de 0,23% (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 17h48.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 2, impulsionados pelos avanços em Wall Street, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e indicadores econômicos importantes dos Estados Unidos.

Por outro lado, o setor de telecomunicações pesou sobre as bolsas de Paris e de Lisboa, com mais uma queda acentuada nos papéis da Portugal Telecom.

O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 encerrou o dia com ganho de 0,23%, aos 345,68 pontos.

As bolsas internacionais saudaram os dados de criação de emprego no setor privado dos EUA, que elevaram o otimismo sobre o relatório de emprego dos EUA, também conhecido como payroll, que deve ser publicado na quinta-feira e engloba também o setor público.

De acordo com a Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA), o setor privado dos EUA gerou 281 mil vagas de trabalho em junho, bem acima da previsão de 210 mil novas vagas.

Além disso, a atividade das empresas na área de Nova York ganhou força em junho, de acordo com dados publicados pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês).

O índice de condições empresariais atuais de Nova York subiu para 60,5 no mês passado, de 55,3 em maio, maior nível em cinco meses. Leituras acima de 50 ainda indicam expansão de atividade.

Os dados dos EUA conseguiram afastar preocupações sobre a atividade econômica na Europa, após uma série de indicadores mistos da região.

Nesta quinta-feira, a autoridade monetária europeia deve anunciar a sua decisão de política monetária e grande parte do mercado acredita que o banco manterá inalterado o atual programa de acomodação.

A atenção dos analistas deverá se voltar para a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Mario Draghi, que pode dar mais detalhes sobre um possível relaxamento quantitativo.

Com isso, o índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, subiu 0,09%, para 9.911,27 pontos.

Em Milão, o índice FTSE Mib ganhou 0,53%, aos 21.678,58 pontos, e o índice madrilenho Ibex-35 avançou 0,08%, para 11.016,20 pontos. A Bolsa de Londres recebeu um impulso adicional de um indicador do setor de construção, que também impulsionou a libra.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de construção do Reino Unido subiu para 62,6 em junho, de 60,0 em maio, indicando expansão do setor pelo 14º mês consecutivo, segundo dados publicados pela Markit e pelo Chartered Institute of Purchasing & Supply.

Em reação ao PMI, a libra chegou a avançar para US$ 1,7179 na máxima da manhã, o maior nível desde outubro de 2008. O índice FTSE 100 terminou com elevação de 0,20%, aos 6.816,37 pontos.

No noticiário corporativo, os papéis da Telecom Italia cederam quase 2%, após o presidente do conselho da Telecom Italia, Giuseppe Recchi, afirmar em entrevista a um jornal que a TIM Brasil é um ativo estratégico e sinalizar que não quer vender a empresa brasileira.

Já em Madri, as ações da Telefónica recuaram 0,91%, depois que a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, autorizou que a empresa complete a aquisição da operadora móvel alemã E-Plus, por 8,6 bilhões de euros (US$ 11,7 bilhões).

A comissão, que age como regulador antitruste na Europa, autorizou a transação só após a Telefónica fazer uma série de compromissos para garantir a concorrência, incluindo a venda de até 30% do espectro da empresa combinada para até três operadoras móveis de redes virtuais.

Esse tipo de operadora oferece seus serviços usando as redes de outras empresas.

As empresas de telecomunicações pesaram em Paris e Lisboa. O índice francês CAC-40 recuou 0,37%, para 4.444,72 pontos, após o executivo-chefe da Orange afirmar que a empresa descartou planos para adquirir concorrentes na França, segundo um operador local.

As ações da Orange cederam 3,52%, enquanto as da Bouygues perderam 1,96% e as da Iliad tiveram baixa de 3,45%.

Na capital portuguesa, o índice PSI 20 encerrou o dia com queda de 0,04%, aos 6.898,73 pontos, com forte pressão da Portugal Telecom, cujas ações perderam 3,14%, depois de atingir os menores níveis em 18 anos, ainda repercutindo a renúncia de dois membros da administração da PT ligados à brasileira Oi.

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