Mercados

Bolsas europeias caem com preocupação sobre crescimento

Em relatório publicado na noite desta terça-feira, o Banco Mundial reduziu suas projeções para a expansão da economia mundial de 3,4% para 3,0% neste ano


	Bolsa de Londres: nela, mineradoras têm presença significativa; Londres teve maior queda entre principais da Europa
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: nela, mineradoras têm presença significativa; Londres teve maior queda entre principais da Europa (Jason Alden/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 15h21.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em baixa, pressionadas por preocupações com a desaceleração do crescimento global.

Em relatório publicado na noite desta terça-feira, 13, o Banco Mundial reduziu suas projeções para a expansão da economia mundial de 3,4% para 3,0% neste ano e de 3,5% para 3,3% em 2016, alimentando receios de que a recente queda nos preços dos metais e do petróleo seja sintoma de enfraquecimento da demanda.

O índice Stoxx 600 encerrou a sessão desta quarta-feira, 14, com recuo de 1,5%, aos 339,67 pontos, puxado principalmente por ações de mineradoras.

O declínio observado nas bolsas europeias desde a manhã se intensificou depois que o governo dos EUA informou que as vendas no varejo do país caíram 0,9% em dezembro, na comparação com novembro - um resultado pior do que a queda de 0,2% prevista por analistas.

O pessimismo ofuscou o parecer de um consultor do Tribunal Europeu que abriu caminho para um programa de compra de bônus soberanos de larga escala pelo Banco Central Europeu (BCE).

Muitos investidores acreditam que o BCE vai anunciar um programa de relaxamento quantitativo, conhecido como QE, na reunião marcada para o dia 22 deste mês.

A Bolsa de Londres, na qual mineradoras têm presença significativa, teve a maior queda entre as principais da Europa.

O índice FTSE-100 caiu 2,35%, para 6.388,46 pontos.

Glencore recuou 9,28%, Anglo American perdeu 8,99% e o índice de mineração FTSE-350 cedeu 6,2%.

Enquanto alguns analistas apontaram para preocupações com a demanda da China, excesso de oferta e recuperação econômica global mais lenta do que o esperado, outros atribuíram a forte queda do cobre hoje a uma liquidação técnica.

Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses atingiu o nível mais baixo dos últimos cinco anos e meio.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,25%, para 9.817,08 pontos.

ThyssenKrupp foi o destaque negativo e fechou em baixa de 5,68%, depois de ter seu rating rebaixado pelo Credit Suisse de "outperform" para "neutro".

Commerzbank foi rebaixado de "neutro" para "vender" pelo Goldman Sachs e recuou 4,12%.

Ações dos setores de commodities e energia lideraram as perdas na Bolsa de Paris, onde o índice CAC-40 caiu 1,56%, para 4.223,24 pontos.

ArcelorMittal teve a maior queda, de 5,88, e EDF declinou 5,81%.

O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, terminou em queda de 1,59%, aos 18.410,68 pontos.

No setor de petróleo, a ENI teve declínio de 2,95%. Na Bolsa de Madri, o Ibex-35 perdeu 1,20%, para 9.846,00 pontos, com Repsol em baixa de 1,74%.

A Bolsa de Lisboa contrariou e tendência e chegou ao fim da sessão com alta de 1,38% no índice PSI-20, aos 4.892,83 pontos.

Segundo informações do site do jornal português Económico, as ações da varejista Jerônimo Martins subiram 9,38%, a maior alta diária desde janeiro de 2009, após a empresa publicar resultados melhores que o esperado para 2014 e ter o preço-alvo de seus papéis elevado.

Já Portugal Telecom, que chegou a subir mais de 10% na sessão, fechou com -1,43%. Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Mercado financeiroDesenvolvimento econômicoCrescimento econômicoCACDAXFTSE

Mais de Mercados

Bolsas americanas têm dia histórico e 'raro' de avanços

Natura fecha em alta de 16% e tem maior ganho diário na bolsa em cinco anos

Goldman Sachs vê sinal de novo corte de juros em outubro após coletiva de Powell

Remédio no supermercado tem efeito limitado sobre farmácias da bolsa, avalia Santander